Delimitação de espécies de Tabernaemontana L. (Apocynaceae, Rauvolfioideae, Tabernaemontaneae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bordon, Natali Gomes, 1984-
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1640633
Resumo: Orientador: André Olmos Simões
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spelling Delimitação de espécies de Tabernaemontana L. (Apocynaceae, Rauvolfioideae, Tabernaemontaneae)Delimitation of species of Tabernaemontana L. (Apocynaceae, Rauvolfioideae, Tabernaemontaneae)Taxonomia vegetalMorfologia vegetalFilogeniaBotânicaPlant taxonomistPlant morphologyPhylogenyBotanyOrientador: André Olmos SimõesTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de BiologiaResumo: O gênero Tabernaemontana (Apocynaceae, Rauvolfioideae, Tabernaemontaneae) é composto por aproximadamente 115 espécies e das sete seções previamente reconhecidas, somente T. seção Pagiantha, T. seção Peschiera e T. seção Rejoua são monofiléticas. Em um estudo filogenético prévio (Simões et al. 2010), T. aurantiaca se posicionou no clado Callichilia e não no clado Tabernaemontana, apesar da semelhança morfológica com as espécies desse clado, principalmente as espécies que ocorrem na Ásia e Bacia do Pacífico. Com o intuito de elucidar o posicionamento de T. aurantiaca, inferir as relações interespecíficas de T. seção Peschiera, e contribuir para o reconhecimento das espécies com problemas de identificação e delimitação a tese está dividida em quatro capítulos. Em Tabernaemontana seção Peschiera, T. laeta, T. catharinensis, T. hystrix e T. salzmannii apresentam grande variação morfológica, os quais ocasionam problemas de identificação e delimitação dos táxons. Os capítulos têm como objetivos: elucidar o posicionamento de T. aurantica (capítulo 1), inferir as relações interespecíficas das espécies de T. seção Peschiera (capítulo 2) e verificar se as morfoespécies estabelecidas a priori correspondem a agrupamentos morfológicos distintos nos complexos taxonômicos T. catharinensis (capítulo 3) e T. laeta e T. hystrix (capítulo 4). Para os capítulos 1 e 2 foram geradas sequências de DNA e utilizadas sequências disponíveis em bancos de dados públicos, e para os demais capítulos utilizamos a morfologia tradicional aliada a morfometria geométrica dos botões florais e morfometria linear dos caracteres florais e foliares. Os grupamentos taxonômicos foram divididos previamente em morfoespécies, com base nos caracteres morfológicos dos materiais coletados, assim como das revisões taxonômicas, exsicatas depositadas nos herbários e bancos de dados digitais. Tabernaemontana catharinensis foi subdividida em quatro morfoespécies (T. catharinensis 1, 2, 3 e 4), T. laeta e T. hystrix foram subdivididos em uma espécie (T. laeta) e cinco morfoespécies (1a, 1f, 2, 3 e 4, respectivamente), e T. salzmannii em três morfoespécies (T. salzmannii 1,2, e 3). Baseado no posicionamento filogenético e caracteres morfológicos, T. aurantica foi recuperada como uma linhagem distinta, sendo proposto o restabelecimento do gênero monotípico Rejoua (capítulo 1). No capítulo 2 os marcadores nucleares e plastidiais tiveram baixo sinal filogenético e com incongruência entre os marcadores com diferentes tipos de heranças parentais. Pela análise concatenada dos marcadores nucleares T. arborea, T. catharinensis2, T. heterophylla e T. salzmannii 1 e 3 foram recuperadas como monofiléticas, os demais táxons como parafiléticos. As espécies T. arborea, T. vanheurckii, T. cymosa e T. heterophylla foram os primeiros táxons a se divergir e são espécies irmãs dos demais táxons de T. seção Peschiera. A análise dos caracteres vegetativos e florais possibilitou o reconhecimento de quatro espécies dentro do complexo taxonômico T. catharinensis (capítulo 3), essas correspondem a T. hilariana, T. catharinensis, T. caatingae (espécie nova) e T. solanifolia. Nos complexos taxonômicos T. laeta e T. hystrix foi possível o reconhecimento de três espécies distintas, essas corresponderam aos táxons T. laeta e morfoespécies 2 e 3 (capítulo 4)Abstract: The genus Tabernaemontana (Apocynaceae, Rauvolfioideae) has around 115 species, and of the seven sections previously recognized, only Tabernaemontana section Pagiantha, T. section Peschiera and T. section Rejoua are monophyletic. In a previous phylogenetic study (Simões et al. 2010), T. aurantiaca was positioned in the clade Callichilia and not in the Tabernaemontana clade, despite the morphological similarity with the species of that clade, mainly the species that occur in Asia and the Pacific Basin. To elucidate the positioning T. aurantiaca, infer the interspecific relationships of T. section Peschiera, and contribute to the recognition of species with problems of identification and delimitation, the thesis is divided into four chapters. In Tabernaemontana section Peschiera, T. laeta, T. catharinensis, T. hystrix, and T. salzmannii have great morphological variation, which causes problems of identification and delimitation of specimens. The chapters aim to: elucidate the positioning of T. aurantica (chapter 1), infer the interspecific relationships of the species of T. section Peschiera (chapter 2), and verify whether the morphospecies established a priori correspond to distinct morphological groupings in the taxonomic complexes T. catharinensis (chapter 3), T. laeta and T. hystrix (chapter 4). For chapters 1 and 2, DNA sequences were generated and sequences available in public databases were used, and for the other chapters, we used traditional morphology combined with geometric morphometrics of flower buds, linear morphometry of floral and leaf characters. These taxonomic groupings were previously divided into morphospecies, based on the morphological characters of the collected materials and observations in the field, as well as the taxonomic revisions, exsiccates deposited in the herbariums and digital databases. Tabernaemontana catharinensis was subdivided into four morphospecies (T. catharinensis 1, 2, 3, and 4), T. laeta and T. hystrix were subdivided into one species (T. laeta) and five morphospecies (1a, 1f, 4), and T. salzmannii in three morphospecies (T. salzmannii 1, 2 and 3). Based on phylogenetic positioning and morphological characters, T. aurantica was recovered as a distinct lineage, being proposing the reestablishment of the monotypic genus Rejoua (chapter 1). In chapter 2, nuclear and plastid markers had low phylogenetic signal and incongruence between markers with different types of parental inheritance. By the concatenated analysis of nuclear markers T. arborea, T. catharinensis2, T. heterophylla, and T. salzmannii 1 and 3 were recovered as monophyletic, the other taxa as paraphyletic. The species T. arborea, T. vanheurckii, T. cymosa, and T. heterophylla were the first taxa to diverge and are sister species of the other taxa of T. section Peschiera. Based on the vegetative and floral characters analyzed, it enabled the recognition of four species within the taxonomic complex T. catharinensis (chapter 3), these correspond to T. hilariana, T. catharinensis, T. caatingae (new species), and T. solanifolia. In taxonomic complexes T. laeta and T. hystrix made it possible to recognize three distinct species, these corresponded to the taxa T. laeta and morphospecies 2 and 3 (chapter 4)DoutoradoBiologia VegetalDoutora em Biologia VegetalCAPES001CNPQ142320/2015-3[s.n.]Simões, André Olmos, 1975-Reginato, MarceloHopkins, Michael John GilbertKoch, IngridSilva, Elis Marina DamascenoUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de BiologiaPrograma de Pós-Graduação em Biologia VegetalUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASBordon, Natali Gomes, 1984-20202020-08-12T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online ( 185 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1640633BORDON, Natali Gomes. Delimitação de espécies de Tabernaemontana L. (Apocynaceae, Rauvolfioideae, Tabernaemontaneae) . 2020. 1 recurso online ( 185 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. 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