Sentidos (tra)vestidos: a individuação e a constituição do sujeito travesti pelo Estado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Lidia Noronha
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Silva, Telma Domingues da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Rua (Campinas. Online)
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8642474
Resumo: Filiados ao campo teórico da Análise de Discurso, procuramos discutir nesse trabalho como o sujeito travesti é significado e individuado pelo Estado no Brasil. Portanto, analisamos dois cartazes confeccionados e distribuídos pelo Ministério da Saúde, que compõem a campanha de combate à AIDS. Nosso objetivo foi compreender como o sujeito travesti é discursivamente inscrito em tais cartazes, de circulação nacional e pública, marcados por um gesto administrativo. Os logotipos de esferas de governo que compõem os cartazes demarcam um território, ou seja, um espaço histórico, simbólico e geograficamente institucionalizado. Além disso, nessa posição do Estado, o sujeito travesti é significado de uma certa maneira, uma vez que é convocado por esta campanha também de uma certa maneira. A fim de prosseguirmos com essa análise, foi considerado o corpo do sujeito travesti enquanto forma material (Orlandi, 2012), reconhecendo a sua inscrição no simbólico e que esta inscrição é sustentada pelos discursos específicos. De acordo com nosso ponto de vista, não poderíamos lidar com os cartazes como se eles meramente representaram imagens impressas em formato cartaz. Ao contrário, a nossa análise permitiu apontar efeitos de sentido produzidos para o corpo travesti por um gesto interpretativo, e que esses efeitos significam processos de identificação do sujeito travesti. Há, além disso, os resultados dessa análise que apontam para a necessidade de romper o “já-dito” em relação ao sujeito travesti.
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