A enunciação da cidade: práticas discursivas sobre a São Paulo do início do século XX
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Rua (Campinas. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8638844 |
Resumo: | O estabelecimento do espaço urbano da cidade de São Paulo no início do século XX instaura a abertura de um amplo campo de estudos para a compreensão das práticas discursivas que se estabeleceram sobre a cidade no momento em que ela própria se constituía. Com a expansão física da cidade, foi possível estabelecer instituições novas: o Instituto Pasteur, o Instituto Vacinogênico, o Instituto Bacteriológico, a Faculdade de Medicina e Cirurgia, a Escola Normal, para citar algumas. Estas instituições promoveram o ideário cientificista e passaram a atuar no sentido de estabelecer práticas ligadas aos ideais higiênicos da época, como também, estimularam as discussões sobre o sujeito brasileiro, e instilaram ideias nacionalistas através de intensa propaganda. Permitiram um campo de atuação para a elite educada na cidade, fechando, de certa maneira, o circuito fazendeiros/educação/atividades urbanas. O ideário cientificista e a educação formal passaram a fazer parte das marcas de distinção de classe do lado da elite, que, pelo menos para parte dela, encontrou nas instituições urbanas um campo de atuação nas suas atividades além da política. O trabalho, a moral, a higiene, as habitações, o nacionalismo, a educação, passam a ser temas dessa elite cientificista. Neste sentido, a capital paulista, se torna o campo privilegiado para a aplicação de práticas discursivas que visam o controle e a conformação dos indivíduos. Estas práticas, por sua vez, constituem-se de enunciados que têm origem em locais diversos e se correlacionam (biologia, educação, nacionalismo, etc.). |
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