Reflexões sobre a linguagem: de Bakhtin à análise do discurso
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Línguas e Instrumentos Linguísticos (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil/article/view/8662350 |
Resumo: | Starting from Bakhtins notions of statement and dialogism, this paper examines his discursive conception of language. According to him, it is possible to discern different voices in the statement which establish among each other dialogical relations. The statement which establish among each other dialogical relations. The statmente is in fact a discursive unit, since it is an answer to previous staments and is also linked to those which follow it. The next step is to constrast Bakhtins notion with the conceptions developed in the theory of Enunciation and in Discourse Analysis. Firstly, Ducrots concept of polyphony is looked upon; Secondly, Courtines concept of divided statement. Whereas the former allows for the occurrence of antagonic values associated to different subjects within the same statement, the latter allows different historical subjects to establish differences, divergences and antagonism in the Kernel of the discursive statement, making the discourse of the outher sound constitutively in the discourse of the subject.In these conceptions it is a matter of relations within the statement whereas inb Bakhtins it is a matter of relations between statements. |
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Whereas the former allows for the occurrence of antagonic values associated to different subjects within the same statement, the latter allows different historical subjects to establish differences, divergences and antagonism in the Kernel of the discursive statement, making the discourse of the outher sound constitutively in the discourse of the subject.In these conceptions it is a matter of relations within the statement whereas inb Bakhtins it is a matter of relations between statements.No presente trabalho, é examinada a concepção discursiva de Bakhtin, a partir de suas noções de dialogia e de enunciado. Segundo o autor, no enunciado, é possivel vislumbrar diferentes vozes que estabelecem entre si relações dialógicas. O enunciado é, de fato, uma unidade discursiva, ja que é uma resposta a enunciados anteriores e também está ligado aqueles que o seguem. Por essa razão, não é possível estudá-lo a partir de uma simples abordagem linguística. Na sequência, o trabalho contrasta as noções bakhtinianas com as formulações desenvolvidas pela teoria da enunciação e pela análise do discurso. Inicialmente, a noção de polifonia de Ducrot é analisada e, a seguir, a concepção de enunciado dividido de Courtine. A primeira possibilita a ocorrência de valores antagônicos associados a sujeitos diferentes no bojo de um mesmo enunciado. A segunda permite que diferentes sujeitos históricos instaurem diferenças, divergências, antagonismo no seio de um enunciado discursivo, fazendo soar constitutivamente o discurso-outro no discurso do sujeito. Contrastando com Bakhtin, pode-se dizer que não se trata de relações entre enunciados, mas de relações internas ao enunciado.No presente trabalho, é examinada a concepção discursiva de Bakhtin, a partir de suas noções de dialogia e de enunciado. Segundo o autor, no enunciado, é possivel vislumbrar diferentes vozes que estabelecem entre si relações dialógicas. O enunciado é, de fato, uma unidade discursiva, ja que é uma resposta a enunciados anteriores e também está ligado aqueles que o seguem. Por essa razão, não é possível estudá-lo a partir de uma simples abordagem linguística. Na sequência, o trabalho contrasta as noções bakhtinianas com as formulações desenvolvidas pela teoria da enunciação e pela análise do discurso. Inicialmente, a noção de polifonia de Ducrot é analisada e, a seguir, a concepção de enunciado dividido de Courtine. A primeira possibilita a ocorrência de valores antagônicos associados a sujeitos diferentes no bojo de um mesmo enunciado. A segunda permite que diferentes sujeitos históricos instaurem diferenças, divergências, antagonismo no seio de um enunciado discursivo, fazendo soar constitutivamente o discurso-outro no discurso do sujeito. Contrastando com Bakhtin, pode-se dizer que não se trata de relações entre enunciados, mas de relações internas ao enunciado.Universidade Estadual de Campinas2000-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado pelos paresAvaliado pelos paresTexto Avaliado pelos paresAvaliado pelos paresTextoinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdfhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil/article/view/866235010.20396/lil.v4i4/5.8662350Línguas e Instrumentos Linguísticos; Vol. 3 No. 4/5 (2000): dez./jun.; 69-88Línguas e Instrumentos Linguísticos; Vol. 3 Núm. 4/5 (2000): dez./jun.; 69-88Línguas e Instrumentos Línguísticos; Vol. 3 No 4/5 (2000): dez./jun.; 69-88Línguas e Instrumentos Linguísticos; v. 3 n. 4/5 (2000): dez./jun.; 69-882674-7375reponame:Línguas e Instrumentos Linguísticos (Online)instname:Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)instacron:UNICAMPporhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil/article/view/8662350/29944Brazil; Century XXBrasil; Siglo XXBrasil; Século XXCopyright (c) 2000 Línguas e Instrumentos Línguísticoshttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessIndursky, Freda2023-06-30T14:02:43Zoai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8662350Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lilPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil/oaipublabe@unicamp.br || ppec@unicamp.br2674-73751519-4906opendoar:2023-06-30T14:02:43Línguas e Instrumentos Linguísticos (Online) - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)false |
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