ORGANIZAÇÃO SOCIAL EM PROL DO COMBATE À DESNUTRIÇÃO E MORTALIDADE INFANTIL: PASTORAL DA CRIANÇA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GONZAGA, Carlos Alberto Marçal
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: FUJINAGA, Cristina Ide, CHEMIN, Gabriele Alves de Paula, OLIVEIRA, Gislaine de Fátima de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2546
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar a influência que as relações sociais e o engajamento pessoal exerceram na criação e consolidação da Pastoral da Criança como organização social. A metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória, de caráter qualitativo, utilizando-se de pesquisa bibliográfica referente ao tema proposto. O desenvolvimento da ciência e o aumento de conhecimento técnico nas últimas décadas têm proporcionado melhorias na qualidade de vida de toda a população, entretanto projetos do Terceiro Setor como a Pastoral da Criança, demonstram que o engajamento pessoal e comunitário local pode produzir efeitos melhores e mais duradouros no desenvolvimento social. O terceiro setor é considerado um sustentáculo da sociedade moderna juntamente com o Estado e o Setor Privado. Ele tem como objetivo principal a responsabilidade social, além de complementar as ações sociais do governo e empresas. Seu foco é o desenvolvimento humano, possibilitando mudanças para os indivíduos e para toda a sociedade. Neste contexto, a Pastoral da Criança é apontada como uma das mais importantes organizações em todo mundo a trabalhar nas áreas da saúde, educação e de prevenção da violência no ambiente familiar, envolvendo necessariamente as famílias e comunidades. A Pastoral da Criança é um organismo de ação social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - instituição permanente que congrega os Bispos da Igreja católica no país), que alicerça sua atuação na organização da comunidade e na capacitação de líderes voluntários que vivem na própria comunidade e assumem a tarefa de orientar e acompanhar as famílias vizinhas em ações básicas de saúde, educação, nutrição e cidadania. Sua fundação em 1983, na cidade de Florestópolis, Paraná, se deu pela médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns Neumann, e pelo, na época, arcebispo da cidade de Londrina, Paraná, Dom Geraldo Majella Agnelo. A Pastoral da Criança reúne características peculiares que possibilitam o comprometimento individual dos moradores da própria comunidade organizando uma rede de solidariedade impulsionada pela fé. O projeto prevê não somente a assistência às crianças e famílias que necessitam de apoio, mas a capacitação dessas comunidades para que os moradores locais continuem o trabalho iniciado pela pastoral. Assim, a Pastoral consegue promover a transformação social das comunidades, que têm como protagonistas os próprios voluntários e famílias acompanhadas. É necessário reconhecer que as relações sociais influenciam o indivíduo para a realização de ações benéficas à sua comunidade. O comprometimento individual com o trabalho voluntário é maior em nível comunitário, onde a identificação com o outro é maior. A motivação iniciada pela fé faz com que o indivíduo mantenha-se comprometido no trabalho por sua comunidade. Todos esses fatores fazem com que a Pastoral da Criança seja hoje referência mundial em projetos de terceiro setor de combate à desnutrição e mortalidade infantil.
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