AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA METADONA E DAS ASSOCIAÇÕES METADONA/ACEPROMAZINA E METADONA/XILAZINA EM FELINOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PICOLI, Fabricia Mateus
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: CALDAS, Marilia, QUEIROZ, Marisa Guizelini De Oliveira, MICHELETTI, Marcio Henrique
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7134
Resumo: A medicação pré-anestésica (MPA) é o ato que antecede a anestesia, preparando o animal para o sono artificial. Há várias formas de classificação dos agentes utilizados na MPA. Entre eles fenotiazínicos, agonistas de receptores alfa-2, benzodiazepínicos, opióides e os anticolinérgicos são as formas mais empregadas. A escolha do medicamento dependerá do objetivo a ser alcançado no procedimento. A acepromazina é a fenotiazina mais frequentemente utilizada na medicina veterinária. Em gatos essa fenotiazina causa um grau de sedação variável nas doses de 0,03 a 0,1 mg/kg. Ao utilizarmos os fármacos pertencentes ao grupo dos agonistas alfa-2, observa-se sedação pronunciada, analgesia, miorrelaxamento, bradicardia severa, hipotensão, arritmias cardíacas e depressão respiratória dose-dependente. Em doses elevadas observa-se sedação profunda e maior incidência de depressão respiratória e cardiovascular. Uma forma de se minimizar os efeitos adversos dos agonistas alfa-2 consiste em diminuir sua dose e associá-los a opióides como butorfanol, morfina ou meperidina. A metadona é analgésico da classe dos opióides recentemente introduzida no mercado brasileiro. Apesar de diversos autores utilizarem esse fármaco como analgésico na espécie felina, não há estudos na literatura consultada sobre o efeito analgésico da metadona em gatos, bem como seus efeitos sobre os sistemas cardiovascular e respiratório. O objetivo do presente estudo será avaliar os efeitos da metadona quando administrada isoladamente, ou quando associada à acepromazina ou xilazina. Metodologia: Seis felinos considerados hígidos, de raças, idades, sexo e peso variados serão utilizados. Os animais serão tratados de acordo com um dos seguintes grupos experimentais: metadona 0,3 mg/kg (grupo 1); metadona 0,3 mg/kg + acepromazina 0,05 mg/kg (grupo 2); acepromazina 0,1 mg/kg (grupo 3); metadona 0,3 mg/kg + xilazina 0,5 mg/kg (grupo 4); xilazina 1,0 mg/kg (grupo 5); 0,1 ml/kg de água destilada (grupo 6 – controle). A ordem dos tratamentos será aleatória. Serão avaliados o grau de sedação e analgesia, freqüências cardíaca (FC) e respiratória (FR), pressão arterial sistólica (PAS) e incidência de efeitos adversos antes do tratamento e aos 5, 15, 30, 45, 60, 75 e 90 minutos após a administração. O estudo será do tipo cego e o avaliador não saberá a qual dos tratamentos o animal foi submetido. Os animais serão controles de si mesmos de forma que cada animal será submetido a todos os tratamentos em diferentes ocasiões. Resultados parciais: Os resultados a seguir representam a conclusão de 20% do estudo. A FR foi maior nos animais do grupo 3 em relação aos demais grupos. A FC apresentou valores mais baixos nos grupos 4 e 5 em relação aos grupos 2 e 3 e a PAS apresentou valores mais elevados nos animais do grupo 5 e mais baixos nos animais do grupo 3. O grau de sedação e analgesia foi considerado maior nos animais dos grupos 4 e 5. A incidência de vômito foi maior nos animais que receberam xilazina (grupos 4 e 5). Conclusão: Apesar dos resultados obtidos não foi possível realizar a análise estatística dos dados devido ao pequeno número de animais estudados até o momento. Portanto, por enquanto não é possível traçar conclusões sobre os resultados parciais do estudo.
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