ANALISE QUANTITATIVA DE FUNCIONÁRIOS PORTADORES DE LER/DORT DE BANCOS CENTRAIS DA CIDADE DE MARINGÁ QUANTO AOS PERÍODOS DE AFASTAMENTO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ORITA, Fabiana
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: MORAES, Lilian Rosana dos Santos, VIEIRA, Carina de Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7110
Resumo: Para Lianza (2001), as Lesões por Esforços Repetitivos ou as Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho LER/DORT, são conjuntos de várias desordens que podem acometer o sistema osteomuscular, tendo a etiologia multifacetária e mantendo relação com o trabalho. A prevalência destas desordens começou na revolução industrial, pelo aumento da carga do trabalho contínuo, aumento do trabalho manual, movimentos repetitivos, inadequação dos mobiliários e diminuição de pausas, como comenta Lianza (2001). Entre os países que viveram epidemias de LER/DORT segundo Deliberato (2002), estão à Inglaterra, os países escandinavos, os Estados Unidos e a Austrália, sendo que em 1980, a incidência aumentou nos países industrializado, devido a alta intensidade de ritmo, equipamentos inadequados e outros. Esta patologia no Brasil foi no início descrita como tenossinovite ocupacional, sendo apresentado no XII Congresso nacional de prevenção de acidentes do trabalho em 1973, casos de tenossinovite ocupacional em lavadeiras, limpadoras e engomadeiras, recomendando-se que fossem observadas pausas de trabalho daqueles que operam intensamente com as mãos . A partir de 1985, surgem publicações e debates sobre a associação entre tenossinovite e o trabalho de digitação, que resultam na publicação da Portaria nº 4.062, em 6 de agosto de 1987, pelo ministério da Previdência e Assistência social, reconhecendo a tenossinovite como doença do trabalho. O diagnostico desta doença é difícil cita Salmaso (1997), seus sinais e sintomas se confundem com os de doenças reumáticas, mas feito precocemente é imprescindível para a cura do distúrbio, pois se não forem tratados no inicio, tendem a tornar-se crônica, sendo que a prevenção é a melhor solução para assegurar um melhor rendimento do trabalhador. A incidência destes distúrbios vem aumentando com as mudanças das relações de trabalho, pois á exigência para atividades elaboradas e de alta complexidade. O objetivo deste trabalho foi quantificar bancários com LER/DORT em alguns bancos, bem como, se cada um dos trabalhadores que tiveram se ausentar no período em que estão vinculados com a empresa. Esta pesquisa foi realizada através de levantamento bibliográfico, e pesquisa de campo, através da aplicação de questionários respondidos por funcionários de dois bancos da cidade de Maringá que aceitaram participar de pesquisa. Podemos observar através da análise dos questionários que dos 50 questionários entregues nos bancos, foram respondidos somente 11, sendo 5 mulheres e 6 homens, na faixa etária de 23 a 52 anos de idade, sendo que estes ocupavam os cargos de escriturário, caixa e gerente, e trabalhavam de 6 a 8 horas por dia. Quando questionado sobre se tinham dor em alguma parte do corpo, 5 das respostas disseram que sim, variando o seu início de 4 meses a 6 anos, e destes apenas os que já tinham a dor a mais tempo como 1 ano e 6 anos, já haviam procurado algum tratamento, porem nenhum dos funcionários se afastaram do trabalho, sendo o local mais comum de apresentarem dor ser os ombros e punhos. Conclui-se que os funcionários que tiveram alguma dor, não realizaram repouso para tratar dos locais acometidos, e mesmos aqueles que trataram, que foram mulheres, não se desvincularam por nenhum momento do trabalho, não permitindo descanso para os locais lesados. Sendo que na maioria dos casos eram acometidas as articulações dos membros superiores, e a proporção entre homens e mulheres foi igual.
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