PALEOSSOLO OU COLÚVIO? GÊNESE DE HORIZONTE A ACRESCIONAL EM AMBIENTE DE ENCOSTA - SUPERFÍCIE GEOMORFOLÓGICA DE PINHÃO/GUARAPUAVA

• Autor(a) principal: BIFFI, Vitor Hugo Rosa
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: GAZOLA, Karina de Cássia, PAISANI, Julio Cesar
• Tipo de documento: Artigo
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br//handle/123456789/3291
• topic: Micromorfologia; Pedoestratigrafia; Formações superficiais

Essa pesquisa teve como objetivo verificar a gênese de horizonte A acrescional em ambiente de encosta na superfície geomorfológica de Pinhão/Guarapuava, localizada na borda leste do Planalto das Araucárias, centro sul do estado do Paraná. Para tanto, foram descritas as propriedades micromorfológicas de dois horizontes estratigráficos contidos em duas paleocabeceira de drenagem na referida superfície. Foram coletadas três amostras indeformadas, sendo duas da seção RI-1 e uma da seção GP-1, e submetidas a impregnação e laminação. As laminas delgadas foram descritas em microscópio petrográfico de luz polarizada, conforme nomenclatura de Stoops. Os resultados indicam que os materiais de ambas as seções apresentam distribuição relativa dos constituintes integrada, resultante da conjugação das distribuições enáulica e porfírica. A microestrutura variou de granular, microagregados a maciça, enquanto a porosidade é dos tipos canais, cavitários, planares, vesiculares e empilhamento complexo. A fração grossa é constituída por quartzo, ilmenita/magnetita e nódulos. Já a micromassa exibe cores bruno a preto, com birrefringência da fábrica do tipo manchada a pontilhada. Demais pedofeições, como hiporevestimentos e quasirevestimentos são comuns, associados a poros ou grãos. Agregados intrusivos (pedorrelíquias) sugerem que tratam-se de materiais de origem alóctone (colúvios), embora a porosidade sugere expressiva atividade biológica, indicando elevada pedogênese (paleossolo). Assim, acredita- se que a pedogênese atuou concomitante aos processos sedimentares, que do ponto de vista genético caracterizam os horizontes como paleossolos acumulativos.