A ADAPTAÇÃO DOS SÍMBOLOS FONÉTICOS E FONOLÓGICOS DO PORTUGUÊS PARA DEFICIENTES VISUAIS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARQUES, Gabriela de Souza
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: ROMUALDO, Edson Carlos
Tipo de documento: Artigo
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br//handle/123456789/2634
Resumo: A ausência de recursos didáticos para levar os símbolos fonéticos e fonológicos a uma aluna deficiente visual do curso de licenciatura em Letras da Universidade Estadual de Maringá (UEM) suscitou uma pesquisa de iniciação científica que teve como objetivo vislumbrar o recurso didático mais eficiente para que fosse feita a devida adaptação e, a posteriori, a transposição de um material já existente acerca de Fonética e Fonologia para o recurso vislumbrado. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinco profissionais da Educação Especial, todos com vasta experiência no processo de ensino-aprendizagem de cegos. Inicialmente, acreditava-se que o relevo seria o recurso didático mais eficaz para a adaptação, no entanto as análises das entrevistas com os profissionais assinalaram a existência de problemas com relação ao processo de decodificação de materiais em relevo pelo aluno cego. A leitura que o indivíduo não-vidente faz, sobretudo de objetos desconhecidos, vai da parte para o todo: em um primeiro momento, o objeto é tateado parte por parte e, depois desse processo, é que o deficiente visual busca imaginar o todo, o que configura um complexo exercício de abstração, árduo, por vezes, para quem apresenta falhas na memória visual. Nesse sentido, o Braille foi apontado como recurso mais eficaz no processo de ensino-aprendizagem de cegos e, por conseguinte, como o mais indicado para a adaptação dos símbolos fonéticos e fonológicos. Como os símbolos fonéticos e fonológicos apresentam uma configuração específica, não existiam celas Braille para sua representação, o que levou a um trabalho de adaptação, com a participação efetiva de profissionais do Centro de Apoio Pedagógico de Maringá (CAP). Este artigo procura tratar do processo de adaptação desses símbolos, de modo a apresentar uma proposta de representação em Braille para sua representação em tinta. Considera-se, com base em Romualdo (2005 e 2011), a importância do estudo dos sons da fala e da língua e suas devidas representações para o professor que trabalha com o processo de alfabetização e com a expressividade fônica em gêneros discursivos. Além desse autor, a base teórica constitui-se de Antonio (2011), Benites (2011), Silva (2002) e Callou e Leite (1993). A adaptação dos símbolos para o Braille é, de fato, uma tentativa inovadora de propiciar ao futuro professor nãovidente o desenvolvimento de suas habilidades na modalidade oral da língua, que integra os objetivos do curso de licenciatura em Letras, conforme as Diretrizes Curriculares, dispostas no Parecer CNE/CES nº 492/2001.
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