CRIANÇAS ATENDIDAS POR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA PÓS AÇÕES DO CONSELHO TUTELAR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MILANI, Rute Grossi
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: LOUREIRO, Sonia Regina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7761
Resumo: O Conselho Tutelar constitui-se em um serviço de apoio, que visa dar suporte a famílias e crianças em situação de risco psicossocial, especialmente em casos de violência doméstica que podem representar condição de adversidade ao desenvolvimento infantil. Objetivou-se avaliar as variáveis pessoais de crianças que, há três anos, foram identificadas como estando em risco psicossocial, associado à violência doméstica, o que implicou em medidas legais, junto ao Conselho Tutelar. Foram avaliadas 40 crianças, de ambos os sexos, na faixa etária de nove a doze anos, que residem com pelo menos um dos pais biológicos, divididas em dois grupos G1: 20 crianças (grupo com história de risco psicossocial associado à violência familiar), que receberam medidas do Conselho Tutelar há três anos; G2: 20 crianças (grupo de comparação), sem história de situação familiar de violência que tenha requerido a intervenção do Conselho Tutelar, constituído com base nas características demográficas de G1. Para G1 e G2 foram excluídas do estudo crianças institucionalizadas, com história de adoção, com Deficiência Física ou Mental evidente. Para seleção dos participantes, foi aplicado com as crianças o Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e com os pais realizou-se, individualmente, uma entrevista semi-estruturada visando investigar aspectos do cuidado com a criança e história prévia de atendimento pelo Conselho Tutelar. Para a coleta de dados junto às crianças selecionadas, foram aplicados a Escala de Stress Infantil, a Escala Infantil Piers-Harris de Autoconceito e o Teste de Desempenho Escolar. Os responsáveis responderam à Escala Comportamental Infantil de Rutter. As entrevistas foram gravadas e posteriormente categorizadas. Os dados foram codificados e quantificados de acordo com as recomendações de cada técnica. Procedeu-se às análises de comparação dos grupos, através do teste paramétrico t de student ou do teste não-paramétrico U de Mann-Whitney, Teste Exato de Fisher e/ou Teste do Qui-quadrado (X 2), e a integração dos dados, pelas correlações univariadas e análise de regressão logística, considerando um p< 0,05. Observaram-se diferenças significativas entre os grupos, as crianças de G1 foram referidas pelas mães como apresentando maior dificuldade de comportamento e maior necessidade de cuidados especializados do que as de G2. As crianças de G1 se autoperceberam com um autoconceito mais negativo na área comportamento e apresentaram mais dificuldade no desempenho escolar na área de escrita. Os resultados sugerem a necessidade de continuidade ao suporte e seguimento de crianças e famílias que enfrentaram situação de risco psicossocial associado à violência doméstica.
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