COMPARAÇÃO ENTRE O DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL DE CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROME DE DOWN E CRIANÇAS NÃO PORTADORAS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ÁVILA, Ricardo Sandri
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: MALGARIN, Jeferson
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7678
Resumo: A trissomia do 21 é a mais comum e bem conhecida entre as síndromes genéticas, sendo a alteração cromossômica mais freqüente observada em recém-natos (RN), responsável por um terço das anomalias detectadas. A prevalência da síndrome de Down se situa ao redor de 1:650 RNs vivos, havendo uma variação em diferentes populações, de 1:600 a 1:200. Apesar de se saber que a maior parte das características físicas, cognitivas e comportamentais é comum, na maioria dos casos sabe-se, que existe uma grande variabilidade interindividual, demonstrada pelos diferentes níveis de desenvolvimento e adaptação social encontrados nos indivíduos com Síndrome de Down em todo o mundo. O objetivo deste trabalho foi comparar o desempenho funcional de crianças portadoras de síndrome de Down (SD) com crianças não portadoras. A amostra foi constituída de 24 portadores de SD que permaneceram matriculados íntegros no período de 1993 a 2003 na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) da cidade de Maringá. Os dados foram obtidos através da resposta de questionários e entrevistas com os pais ou responsáveis, sendo ambas de caráter voluntário. Os responsáveis foram questionados quanto à idade dos portadores no início do tratamento, qual o tratamento que teria se mostrado mais eficiente e se apresenta independência em atividades cotidianas como: andar, ir ao banheiro, atravessar a rua, tomar banho, fazer a higiene pessoal, lidar com dinheiro, fazer compras, ver as horas e com qual idade adquiriu tal habilidade. Para a comparação levou-se em consideração o fato de crianças não portadoras serem capazes de realizar tais atividades com a idade média da amostra no início do período da pesquisa que era de 12,86 anos (σ = 8,48). O tratamento multidisciplinar oferecido na APAE iniciou-se no caso mais precoce aos onze dias e no mais tardio aos oito anos de vida dos portadores da amostra, sendo o tratamento oferecido pela APAE eleito como o mais eficiente por 58,3% (n=14) dos pais. Segundo o relato dos responsáveis, os portadores de SD apresentam dificuldades para realizar algumas atividades como: atravessar a rua, sendo esta executada por 16,7% (n=4) antes dos onze anos de idade, apenas 12,5% (n=3) foram capazes de lidar com dinheiro antes dos quinze anos, 20,8% (n=5) eram capazes de fazer compras antes dos quinze anos e um conseguiu ver as horas antes dos quinze anos de idade sendo esta atividade não realizada por 83,3% (n=20) dos portadores. No entanto, todos os portadores conseguiram andar antes dos dez anos de idade com 33,3% (n=8) realizando tal tarefa antes dos dois anos, a independência no uso do banheiro, de tomar banho e da realização da higiene pessoal também foi obtida pela maioria antes dos quinze anos, apesar de ainda não ser realizadas por alguns dos portadores até a data da entrevista. Pode-se concluir que o tratamento multidisciplinar oferecido pela APAE apresentarou efeito no desenvolvimento funcional dos portadores de SD, sendo este mais acentuado quanto mais precoce se deu o início do tratamento.
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