AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO DO AMENDOIM-BRAVO (EUPHORBIA HETEROPHYLLA L.) SOB EFEITO DE ALELOQUÍMICOS
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7466 |
Resumo: | O amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla L.) é uma planta invasora de muitas culturas em especial a soja, cujo controle é feito através de herbicidas químicos. Os aleloquímicos são produtos do metabolismo secundário dos vegetais com potencial de ação que vêm sendo estudados como alternativa no controle de plantas invasoras. Ainda não se conhece o efeito de aleloquímicos sobre o crescimento da E. heterophylla. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo verificar os efeitos de alguns aleloquímicos sobre a germinação e crescimento desta planta. Para este fim, as sementes foram lavadas com água destilada, em seguida esterilizadas com hipoclorito de sódio 1,0% por dois minutos, e lavadas com água destilada. As sementes foram então colocadas para germinar em caixas gerbox 11x11cm, forradas com papel germitest, que foram esterilizados em autoclave, e umedecidos com 12ml de água (controle) ou com as soluções dos aleloquímicos. As sementes (50 sementes por caixa) foram colocadas para germinar em câmara de germinação com fotoperíodo de 12 horas, a uma temperatura de 25oC. Os tratamentos foram: Ácidos ferúlico, vanílico, protocachuico e cafeico, quercetina e coumarina em concentrações de 500μM. No segundo, quarto e quinto dia, foram avaliados o percentual de germinação, o crescimento, e o peso fresco e seco das plântulas. Os resultados mostraram que os aleloquímicos testados afetaram muito pouco a taxa de germinação e o crescimento da E. heterophylla, contrastando com os efeitos exercidos em outras plantas. O amendoim-bravo mostrou-se bastante resistente à ação dos aleloquímicos testados. No grupo controle observou-se aumento no número de sementes germinadas, do segundo para o quarto dia, mantendo-se inalterado no quinto dia. O percentual máximo de germinação desse lote foi de 70%, havendo assim, um aumento significativo no peso fresco e seco das plântulas, do segundo para o quarto dia, e no quinto dia se estabilizou. Analisando o efeito dos aleloquímicos no segundo dia de germinação, verificou-se que: a coumarina e o ácido vanílico causaram um pequeno aumento na taxa de germinação, sendo que o ácido ferúlico não afetou o processo germinativo. A coumarina, entretanto, inibiu o crescimento das plântulas, revelado pela diminuição do peso fresco e seco. Os ácidos ferúlico e vanílico apresentaram um pequeno efeito estimulador no crescimento. Após quatro dias, os efeitos dos aleloquímicos foram atenuados, podendo perceber uma ligeira diminuição no crescimento das plântulas na presença de ácido ferúlico e da coumarina. No quinto dia, não houve diferença significativa com relação a nenhum dos parâmetros avaliados. Pode-se concluir que as sementes foram mais susceptíveis aos aleloquímicos no estágio inicial de desenvolvimento. É possível que no quarto e no quinto dia de incubação, a concentração de aleloquímicos tenha reduzido, em função da metabolização ocorrida pela planta. Dessa maneira, a planta parece reverter as ações induzidas pelos aleloquímicos. |
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AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO DO AMENDOIM-BRAVO (EUPHORBIA HETEROPHYLLA L.) SOB EFEITO DE ALELOQUÍMICOSAmendoim bravoAleloquímicosCrescimentoO amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla L.) é uma planta invasora de muitas culturas em especial a soja, cujo controle é feito através de herbicidas químicos. Os aleloquímicos são produtos do metabolismo secundário dos vegetais com potencial de ação que vêm sendo estudados como alternativa no controle de plantas invasoras. Ainda não se conhece o efeito de aleloquímicos sobre o crescimento da E. heterophylla. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo verificar os efeitos de alguns aleloquímicos sobre a germinação e crescimento desta planta. Para este fim, as sementes foram lavadas com água destilada, em seguida esterilizadas com hipoclorito de sódio 1,0% por dois minutos, e lavadas com água destilada. As sementes foram então colocadas para germinar em caixas gerbox 11x11cm, forradas com papel germitest, que foram esterilizados em autoclave, e umedecidos com 12ml de água (controle) ou com as soluções dos aleloquímicos. As sementes (50 sementes por caixa) foram colocadas para germinar em câmara de germinação com fotoperíodo de 12 horas, a uma temperatura de 25oC. Os tratamentos foram: Ácidos ferúlico, vanílico, protocachuico e cafeico, quercetina e coumarina em concentrações de 500μM. No segundo, quarto e quinto dia, foram avaliados o percentual de germinação, o crescimento, e o peso fresco e seco das plântulas. Os resultados mostraram que os aleloquímicos testados afetaram muito pouco a taxa de germinação e o crescimento da E. heterophylla, contrastando com os efeitos exercidos em outras plantas. O amendoim-bravo mostrou-se bastante resistente à ação dos aleloquímicos testados. No grupo controle observou-se aumento no número de sementes germinadas, do segundo para o quarto dia, mantendo-se inalterado no quinto dia. O percentual máximo de germinação desse lote foi de 70%, havendo assim, um aumento significativo no peso fresco e seco das plântulas, do segundo para o quarto dia, e no quinto dia se estabilizou. Analisando o efeito dos aleloquímicos no segundo dia de germinação, verificou-se que: a coumarina e o ácido vanílico causaram um pequeno aumento na taxa de germinação, sendo que o ácido ferúlico não afetou o processo germinativo. A coumarina, entretanto, inibiu o crescimento das plântulas, revelado pela diminuição do peso fresco e seco. Os ácidos ferúlico e vanílico apresentaram um pequeno efeito estimulador no crescimento. Após quatro dias, os efeitos dos aleloquímicos foram atenuados, podendo perceber uma ligeira diminuição no crescimento das plântulas na presença de ácido ferúlico e da coumarina. No quinto dia, não houve diferença significativa com relação a nenhum dos parâmetros avaliados. Pode-se concluir que as sementes foram mais susceptíveis aos aleloquímicos no estágio inicial de desenvolvimento. É possível que no quarto e no quinto dia de incubação, a concentração de aleloquímicos tenha reduzido, em função da metabolização ocorrida pela planta. Dessa maneira, a planta parece reverter as ações induzidas pelos aleloquímicos.UNIVERSIDADE CESUMARBrasilUNICESUMAR2021-02-15T12:11:46Z2005-10-192021-02-15T12:11:46Z2005-10-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfPresencialhttp://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7466porARRAES, Luiz SaraivaZONETTI, Patrícia da CostaCARMO, Viviane Leiko doSILVA, Lucas Jonatas daKERN, Kátia Aparecida Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital Unicesumarinstname:Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)instacron:UniCesumar2021-02-16T06:01:42ZRepositório InstitucionalPRI |
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