TRATAMENTO DO TRAUMATISMO HEPÁTICO: REVISÃO DE LITERATURA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br//handle/123456789/2409 |
Resumo: | Lesão hepática corresponde a 5% dos atendimentos em salas de emergência. Ocorrem em consequência de trauma abdominal penetrante, sendo o fígado a terceira estrutura em frequência a ser atingida, depois apenas das lesões do intestino delgado e do mesentério, ou de trauma abdominal contuso, no qual o fígado é o órgão mais frequentemente lesado (até 25% das lesões). Os mecanismos de lesão decorrem de impacto direto, perfuração por projéteis de armas de fogo ou armas brancas, de compressão entre o rebordo costal direito e a coluna vertebral e das forças de desaceleração. Atingem taxas de mortalidade de 8% a 10% e morbidade de 18 a 30%. Modelos de classificação são empregados para estadiar o grau da lesão hepática e orientar o tratamento, que visa remover tecido desvitalizado e estabelecer drenagem adequada da lesão, mas tem como objetivo primordial o controle do sangramento, que pode ter desfecho fatal para o paciente. Pode-se empregar tratamento operatório ou não operatório. Pacientes instáveis que são submetidos a intervenção cirúrgica, por laparotomia mediana, podem, inicialmente, ser tratados com sutura simples ou com uso de agentes hemostáticos. Aqueles que apresentam lesões mais extensas requerem procedimentos mais complexos, incluindo suturas profundas, tamponamento com compressas, desbridamento, ressecções, tamponamento com balão intrahepático, hepatorrafia com tela, hepatectomia (segmentar ou até mesmo total). Para alguns pacientes selecionados, que preencham critérios clínicos restritos, em ambiente hospitalar adequado, pode-se realizar tratamento não operatório. As complicações mais frequentes nas pacientes vítimas de lesões hepáticas incluem problemas pulmonares, sangramento pós-operatório, coagulopatia, fístulas biliares, hemobilia e formação de abscessos subfrênicos e intraparenquimatosos. |
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Lesão hepática corresponde a 5% dos atendimentos em salas de emergência. Ocorrem em consequência de trauma abdominal penetrante, sendo o fígado a terceira estrutura em frequência a ser atingida, depois apenas das lesões do intestino delgado e do mesentério, ou de trauma abdominal contuso, no qual o fígado é o órgão mais frequentemente lesado (até 25% das lesões). Os mecanismos de lesão decorrem de impacto direto, perfuração por projéteis de armas de fogo ou armas brancas, de compressão entre o rebordo costal direito e a coluna vertebral e das forças de desaceleração. Atingem taxas de mortalidade de 8% a 10% e morbidade de 18 a 30%. Modelos de classificação são empregados para estadiar o grau da lesão hepática e orientar o tratamento, que visa remover tecido desvitalizado e estabelecer drenagem adequada da lesão, mas tem como objetivo primordial o controle do sangramento, que pode ter desfecho fatal para o paciente. Pode-se empregar tratamento operatório ou não operatório. Pacientes instáveis que são submetidos a intervenção cirúrgica, por laparotomia mediana, podem, inicialmente, ser tratados com sutura simples ou com uso de agentes hemostáticos. Aqueles que apresentam lesões mais extensas requerem procedimentos mais complexos, incluindo suturas profundas, tamponamento com compressas, desbridamento, ressecções, tamponamento com balão intrahepático, hepatorrafia com tela, hepatectomia (segmentar ou até mesmo total). Para alguns pacientes selecionados, que preencham critérios clínicos restritos, em ambiente hospitalar adequado, pode-se realizar tratamento não operatório. As complicações mais frequentes nas pacientes vítimas de lesões hepáticas incluem problemas pulmonares, sangramento pós-operatório, coagulopatia, fístulas biliares, hemobilia e formação de abscessos subfrênicos e intraparenquimatosos. |
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