Estilo de vida, ansiedade, depressão e automedicação em estudantes universitários: prevalência e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BETIATI, Viviani
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/5990
Resumo: O estilo de vida associado a fatores de risco tem aumentado substancialmente o desenvolvimento e agravamento das doenças crônico-degenerativas em estudantes universitários no Brasil. O objetivo do estudo foi analisar o estilo de vida, a presença da ansiedade, depressão e a prevalência da automedicação em estudantes de medicina. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, exploratório, que abrangeu todos os 835 estudantes do primeiro ao sexto ano do curso de medicina de uma faculdade na cidade de Maringá-PR. Foram excluídos alunos menores de 18 anos e aqueles que não estiveram presente no dia da coleta. No total, 581 estudantes tiveram seus dados coletados. Para obtenção dos dados, foi utilizado o Questionário de Estilo de Vida Fantástico, o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI); para a automedicação, foi utilizado um questionário semiestruturado. Todas as análises foram realizadas com o auxílio do ambiente estatístico R (R Development Core Team), versão 3.3.1. O teste t de Student, o teste Fisher e Qui-quadrado foram utilizados para analisar as associações. O valor de p<0,05 foi considerado como estatisticamente significante. Foi utilizada regressão logística múltipla para calcular a Odds Ratio ajustada, assim como seus respectivos intervalos de confiança de 95% por meio da regressão logística univariada. As características sociodemográficas mostram que 65,34% dos estudantes estão na faixa etária de 20 a 24 anos, 58,75% são do sexo feminino e 95,32% são solteiros. Na classificação do estilo de vida dos estudantes, 84,61% foram classificados como “excelente”, “muito bom” ou “bom” e apenas 0,24% “precisa melhorar”. A ocorrência de automedicação foi de 95,87%. A presença de ansiedade, variando de leve, moderada ou severa, foi de 25%, 10% e 6%, respectivamente, enquanto da depressão foi de 28%, 11% e 3%, respectivamente. As correlações do hábito de fumar, do uso de drogas, como a maconha e a cocaína, e o hábito de beber bebidas alcoólicas nas análises multivariadas em relação à ansiedade e à depressão não apresentaram significância. A regressão logística múltipla mostrou associações significativas entre insatisfação, abuso de medicamentos e estar na sexta série do curso com ansiedade e insatisfação; morar em pensionato/república e ser do sexo feminino com depressão. Conscientes de que são muitas as variáveis intervenientes na qualidade da transição, da adaptação e da permanência dos estudantes na universidade, é preciso não se descuidar da infraestrutura de apoio aos alunos propiciando o envolvimento destes não apenas em projetos e atividades de estágio ou práticas pedagógicas, mas também em atividades multivariadas voltadas à qualidade de vida desses universitários.
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