AVALIAÇÃO DA DIVERSIDADE GENÉTICA DE POPULAÇÕES DE CICHLA (PERCIFORMES: CICHLIDAE) INTRODUZIDAS NO RESERVATÓRIO DE JUTURNAÍBA E RIO SÃO JOÃO

• Autor(a) principal: MUELLER, Larissa Pires
• Data de Publicação: 2017
• Outros Autores: OLIVEIRA, Alessandra Valéria de, ALVES, Nathália Diamante, PETRY, Ana Cristina, CATELANI, Paula Araújo, PELICICE, Fernando Mayer
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/1195
• topic: Hibridização; Introdução de espécies; RAPD

Espécies do gênero Cichla, conhecidas vulgarmente como tucunaré, são exemplos de introdução indiscriminada e ocupam atualmente diferentes regiões da América do Sul, Central e do Norte. Os impactos da introdução de Cichla variam desde alterações tróficas nos ambientes até redução da riqueza de espécies, extinções e alterações no pool gênico de populações nativas através da ocorrência de híbridos. Geralmente as populações introduzidas apresentam redução da variabilidade genética, fato que pode ocorrer em função de um pequeno número de espécimes originalmente introduzidos, os quais não representam a variação genética das populações nativas. Baixas taxas de variabilidade genética em populações introduzidas de Cichla tem sido destacada por diversos autores. Até o momento não foram obtidos dados sobre os níveis de variabilidade genética de populações introduzidas de Cichla na bacia do rio São João, estado do Rio de Janeiro. Além disso, a presença de duas espécies do gênero na região pode levar a eventos de hibridização, como reportado para outras espécies introduzidas. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi obter dados sobre a variabilidade genética das populações introduzidas no local e encontrar evidências de possíveis eventos de hibridização na região através da utilização do marcador molecular RAPD. As análises indicam alta variabilidade genética nuclear das populações introduzidas no reservatório de Juturnaíba e no rio São João, estado do Rio de Janeiro, e sugerem que eventos de hibridização possam estar ocorrendo na região. Análises de outras regiões do genoma, incluindo sequenciamento de genes nucleares podem confirmar essa hipótese.