INCESTO E SENTIMENTO DE CULPA: UMA ANÁLISE FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL DO ABUSO SEXUAL INTRA-FAMILIAR NO REFERENCIAL DA PESSOA AGREDIDA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALMEIDA, Maria Nilsa de
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7528
Resumo: Partindo de uma análise dos aspectos antropo-bio-psico-sociais do incesto, bem como da questão da culpabilidade do ponto de vista da teologia moral e da psicologia, objetivamos, neste trabalho, compreender como pessoas que sofreram abuso sexual intra-familiar lidam com a culpa que sentem pela experiência que vivenciaram. Este sentimento não aparece isolado, mas mesclado por outros como: baixa auto-estima, tristeza, depressão, medo e insegurança. A dor moral e emocional podem ser somatizadas através dos seguintes sintomas: dores de estômago, enxaquecas e labirintite. A metodologia usada foi a fenomenológico- existencial de Vicktor Emil Frankl em que o sentido e o significado que se dá para o que se vive e acredita é a principal tônica. Analisamos cada categoria de incesto separadamente. Observamos que alguns sintomas são específicos de determinada categoria. Por exemplo, quando há abuso sexual entre pai e filho; o menino poderá desenvolver tendências homossexuais. Quando o agente agressor é a mãe, o trauma é bem mais profundo, pois a maternidade é a fonte do afeto. Logo, se a fonte está comprometida, não há onde satisfazer esta necessidade fundamental do ser humano. Observou-se também que, nesta categoria de incesto, na maioria das vezes, a mãe sofre de algum desequilíbrio mental. Foram entrevistadas três mulheres adultas, que sofreram abuso sexual intra-familiar na infância. O objetivo das entrevistas foi o de ilustrar o conteúdo refletido. De fato, os depoimentos confirmaram o que foi pesquisado. Uma certa confusão na auto-análise como o próprio fato de sentirem-se culpadas foi o que tonificou os discursos. Como conclusão, percebemos que o sentimento de culpa tem seus alicerces na formação cristã presente na nossa cultura latino-americana. As pessoas que passaram pela experiência da agressão sexual intra-familiar preocupam-se mais com a “punição” de Deus do que com o que a sociedade pensa da situação. Necessário se faz um aprofundamento do tema. Os profissionais que lidam com esta realidade deveriam interessar-se mais pelo assunto e a fenomenologia existencial pode contribuir para uma reflexão mais humanizadora.
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