POLÍTICA E QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL (1954-1964)

• Autor(a) principal: CASTANHO, Sandra Maria
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: PRIORI, Angelo
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7763
• topic: Questão agrária; Legislação social trabalhista; Jornal terra livre

Esta comunicação tem por objetivo apresentar o projeto de Mestrado em desenvolvimento pelo programa em História Política da Universidade Estadual de Maringá, onde se discutirá a inclusão dos trabalhadores rurais no debate político no período de 1950 a 1960, bem como o debate sobre a legislação social trabalhista e sobre a Reforma Agrária que contribuíram para abrir caminhos profundos ao resgate da cidadania de uma grande parcela da população brasileira. Para isso, analisamos o discurso produzido pelo Terra Livre, o jornal servia como fonte de informação sobre os direitos dos trabalhadores rurais que passavam por uma conjuntura de intensa repressão em todo território brasileiro. A primeira edição do jornal Terra Livre foi publicada no dia 5 de maio de 1949. Considerado o primeiro jornal brasileiro a se dedicar ao cotidiano dos trabalhadores rurais, informava sobre direitos sociais, trabalhistas, organização sindical, além de vários temas ligados ao homem do campo. O jornal, de periodicidade quinzenal, foi editado até 1964 quando o golpe militar proibiu as suas atividades, inviabilizando a sua continuidade. No início o jornal estava sob a responsabilidade editorial do Partido Comunista Brasileiro, sendo que a partir de 1954, quando da fundação da União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil (ULTAB), o jornal passou a ser editado sob a sua responsabilidade. O periódico foi editado no período de 1954 – 1964, cada parte se dedicava a um público especifico, com assuntos que permeavam o campo da política, economia, cultura, entre outras atividades. Concluímos que os anos 50 e 60 foram marcados pela efervescente luta e organização dos trabalhadores rurais, esses movimentos contribuíram para a formação dos trabalhadores rurais enquanto “classe”, porque foi através desses e de seus órgãos de representação que o homem do campo conquistou um espaço maior no cenário social, contribuindo para promulgação do Estatuto do Trabalhador Rural em 1963.