OCORRÊNCIA DE ECTOPARASITAS E ESTACIONALIDADE EM ALEVINOS DE TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus APÓS A REVERSÃO SEXUAL, NA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PEREIRA, Juliana Vicente
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: PICOLI, Fabrícia Mateus, KRAJEVIESKI, Maikon Elena, LEONARDO, Jussara Maria Leite Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7254
Resumo: A importância das enfermidades dos peixes pode variar de acordo com o clima. Em regiões de clima temperado, as enfermidades infecciosas são as mais temidas, porém em regiões de clima tropical e subtropical, as doenças parasitárias desempenham papel importante, podendo resultar em grandes perdas, dependendo do grau de parasitismo, da resistência do hospedeiro (o peixe) e das condições ambientais (LEONARDO, 2000 e 20001). O estudo dos parasitas dos peixes (ictioparasitologia) é de grande importância, devido à intensificação das pisciculturas, não só no Paraná, mas no Brasil nos últimos anos. As doenças parasitárias mais importantes em tilápias são as causadas por ectoparasitas, como os protozoários Trichodina, Ichthyophthirius multifiliis, Chilodonella e os helmintos monogenéticos Dactylogyrus e Gyrodactylus (ROBERT e SOMERVILLE, 1996; VARGAS et al.,1997 e LEONARDO, et al., 1998). VARGAS et al. (1998) e Leonardo et al., (1998) registraram respectivamente ectoparasitismo em 89,0% e 95% dos exemplares, sendo 87,0% e 85% de Trichodina, 31,5% e 2,5% de Monogenea e ainda 29,0% e 7,5% parasitados simultaneamente, com ocorrência maior na primavera (100%) do que no verão (75,6%). Este trabalho objetivou registrar a ocorrência e identificação dos ectoparasitas em alevinos que representam o estágio evolutivo de maior susceptibilidade a estes agentes. Foi avaliada assim a ocorrência mensal e a estacionalidade de ectoparasitas de alevinos em tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), após a reversão sexual, em pisciculturas da região de Maringá, no Paraná no período de maio de 2004 a abril de 2005, em coletas aleatórias amostrados em 10 alevinos criados em condições semelhantes de manejo nutricional e sanitário. Os exames parasitológicos constaram de raspado de tegumento e do tecido branquial a fresco, entre lâmina e lamínula e evidenciado em luglo, observado ao microscópio óptico. Demonstrou-se a ocorrência de 100% de ectoparasitismo em todos os lotes de peixes avaliados mensalmente. Dos 110 peixes totais, 73,6% estavam parasitados por Trichodina, 19,1% por Dactylogyrus, 11,8% por I. multifiliis, e 0,09% por Chilodonella. A maior ocorrência aconteceu nos meses de abril a agosto, caracteristicamente os mais frios, ou de temperaturas mais oscilantes, sendo que em novembro o parasitismo também foi elevado, provavelmente pela incidência de chuva, responsável pelas mudanças bruscas de temperatura da água observadas neste período. Parasitismo misto por 2 parasitas foi registrado em 20,0% dos peixes e infestação concomitante por 3 parasitas foi verificado em 4,5% das amostras. Na avaliação da distribuição dos ectoparasitas no corpo dos alevinos, foram encontrados 58,2% em brânquias, demonstrando assim o intenso parasitismo em tecido onde as trocas gasosas ocorrem e por ser um órgão respiratório, a patogenicidade nesta situação, deve ser considerada, principalmente em peixes em estágio inicial de desenvolvimento. Portanto é fundamental um constante monitoramento da sanidade nesta criação como medida profilática, pois medidas terapêuticas com antiparasitários não são convenientes em piscicultura.
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