Comportamento alimentar, estado nutricional e risco cardiovascular de universitários de uma instituição particular do Noroeste do Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VAZ, Diana Souza Santos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/549
Resumo: A transição entre o término da vida escolar e o início da vida acadêmica geralmente é representada por mudanças, que além de marcar o fim da adolescência e o início da idade adulta, implicam em responsabilidades relacionadas com a moradia, com a administração de recursos financeiros e com a alimentação. Caracterizada por novas experiências, a vida universitária causa diversas mudanças em tudo que envolve a vida desses indivíduos, o que reflete de forma expressiva nas escolhas alimentares. O presente estudo propôs caracterizar o comportamento alimentar, o estado nutricional e o risco cardiovascular de universitários de Maringá. Pesquisa quantitativa, transversal, com coleta de dados primários, em que foram avaliados universitários, com idade igual ou superior a 20 anos, regularmente matriculados, no período diurno e noturno, nos cursos das áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas, Tecnológicas e Agrárias de um Centro Universitário localizado no Noroeste do Paraná. Os dados foram coletados no período de abril a junho de 2014. Para a caracterização da amostra foram elaboradas tabelas de frequências simples e cruzadas. Para as variáveis quantitativas foram calculadas a média e o desvio padrão. Para testar as possíveis diferenças significativas para as variáveis estado nutricional, risco cardiovascular, restrição alimentar, ingestão emocional e ingestão externa foi aplicado o Teste de Wilcoxon (scores) e Teste Exato de Fisher. Para todos os testes utilizou-se como regra de rejeição da Hipótese H0, um nível de confiança de 95% (α= 0,05), ou seja, p-valor ≤ 0,05. O estado nutricional foi determinado por meio do indicador nutricional índice de massa corporal, o risco para doença cardiovascular pela circunferência da cintura e o comportamento alimentar foi avaliado utilizando-se o Questionário Holandês de Comportamento Alimentar. Foram avaliados 324 universitários, sendo 121 (37,34%) homens e 203 (62,65%) mulheres. Destes, 112 (34,56%) eram ingressantes e 212 (65,43%) concluintes. A média de idade dos estudantes foi de 24 ± 5,04 anos, da estatura de 1,68 ± 0,09 cm, do peso de 69,07 ±17,15 kg e a média do índice de massa corporal foi de 24,64 kg/m². Em relação ao sexo, pode-se observar redução no percentual de mulheres com peso adequado e aumento no percentual de universitárias com baixo peso, excesso de peso e obesidade classe I e II. Nos homens, observou-se aumento no percentual de universitários com baixo peso, peso adequado, e obesidade classe I e II. Quanto ao risco para doença cardiovascular, verificou-se aumento no percentual de universitários que apresentaram risco. Em ambos os sexos a maior média de escores foi para a ingestão externa, observa-se nas mulheres a media dos escores para ingestão emocional foi maior nas concluintes, enquanto que nos homens, nota-se aumento na média de escores para a ingestão externa e redução na média de escores para ingestão restritiva, dos concluintes quando comparados com os ingressantes. No entanto, os resultados encontrados não apresentaram diferença significativa entre as variáveis. Conclusão: A vida universitária não mudou o estado nutricional, nem aumentou o risco cardiovascular e não influenciou no comportamento alimentar dos estudantes.
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