O PERIFÉRICO E O CENTRO EM RELAÇÕES SIMBÓLICAS MATERIAIS NA CIDADE DE MARINGÁ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RAMOS, Tiago Roberto
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: PIMENTEL, Renata Marcelle Lara
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/6247
Resumo: Os sujeitos necessitam de espaços para se significar e, ao se significar, significam o próprio espaço que ocupam. Cada espaço possui características próprias que ultrapassam as suas especificidades estruturais e suplantam suas peculiaridades físicas. Essas características são simbólicas e influenciam a forma como as relações sociais são estabelecidas nos espaços, num processo dialético próprio em que as relações formam o espaço e os espaços conformam as relações. Dessa forma, a cidade, como ponto de partida, congrega e contrapõe espaços simbólicos. Pensá-los, em relações uns com outros, em meio a conflitos, intercâmbios, silenciamentos, possibilita problematizar a constituição simbólica da cidade, questionando como os espaços centrais e periféricos se constituem e como essa constituição sinaliza uma forma de interpretação, em detrimento de outras, na observação do real da cidade. O presente trabalho visa construir uma discussão acerca das relações entre espaços centrais e espaços periféricos da cidade de Maringá, buscando entender como se dá a constituição simbólica destes espaços. Para tanto, norteia-se pela teoria da Análise de Discurso, de linha francesa, que permite compreender o real da cidade e a forma como este real é materializado simbolicamente. Parte-se de flagrantes urbanos como formas dessa materialização do discurso da cidade que se difere dos discursos sobre a cidade. Esses flagrantes são inscrições de sentidos, expressões, ações ou produtos em que o simbólico é materializado. Para a realização desse estudo, explora-se a observação etnográfica dos espaços centrais, aqui representados pela Avenida Brasil e imediações, e os espaços periféricos, representados por bairros operários e conjuntos residenciais da Zona 38 da cidade. Os Flagrantes serão investigados por meio da técnica de observação em campo. Caso necessário poder-se-á fotografá-los e descrevê-los. Os dados provenientes dessa observação constituir-se-ão como o corpus bruto de análise. É nele que será trabalhada a configuração do corpus específico, a ser constituído pelos flagrantes que forem mais representativos da expressividade do real da cidade. Por meio do objeto discursivo, será empreendida a análise dos dados, buscando o movimento de sentidos do real da cidade inscrito no simbólico, problematizando o discurso urbano e suas formas normativas de significação, para compreender os processos de construção da discursividade da cidade. Cogita-se, então, que os espaços periféricos e centrais são possíveis na urbanização, enquanto categoria simbólica de compreensão do real, mas na materialidade da cidade o que funcionam são múltiplos espaços de discursividades intercambiáveis ou mesmo indissociáveis.
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