A TRANSGERACIONALIDADE DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO: REPERCUSSÕES NA SAÚDE MATERNO-INFANTIL
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br//handle/123456789/4051 |
Resumo: | A conjugalidade pode configurar-se em oportunidade para a transformação subjetiva de cada parceiro ou pode reproduzir os padrões familiares de comportamento e de dinâmica conjugal da família de origem. A família, por ser considerada como matriz para a formação da personalidade da criança, fornece o legado familiar transmitido de pais e mães para filhos por meio de valores, crenças e modelos relacionais, fenômeno entendido como transgeracionalidade. A experiência de ter sido objeto de maus-tratos na infância, seja recebendo-os diretamente ou presenciando-os na relação conjugal dos pais, pode ser considerada importante fator de risco para a repetição da violência no relacionamento conjugal e familiar. O objetivo do presente estudo foi investigar os conflitos familiares na família de origem dos autores de violência de gênero e a percepção sobre a conjugalidade. A amostra foi composta por 3 homens autores de violência de gênero, sentenciados pela Juíza Titular da 5ª Vara Criminal, especializada em Violência Doméstica, da Comarca de Maringá – PR. Foi realizada entrevista semiestruturada, gravada em áudio e transcrita na íntegra. Os resultados revelaram que os homens entrevistados foram vítimas de agressões praticadas pelo progenitor do sexo masculino ou por quem exerceu o papel paterno e/ou presenciaram as mães serem agredidas por parceiro íntimo, pai ou padrasto. No presente estudo os entrevistados declaram que os pais ou padrastos faziam uso de bebida alcoólica. Concluiu-se que a violência sofrida na infância e o alcoolismo da figura paterna interferiram na constituição psíquica dos sujeitos e na transgeracionalidade da violência de gênero. |
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A conjugalidade pode configurar-se em oportunidade para a transformação subjetiva de cada parceiro ou pode reproduzir os padrões familiares de comportamento e de dinâmica conjugal da família de origem. A família, por ser considerada como matriz para a formação da personalidade da criança, fornece o legado familiar transmitido de pais e mães para filhos por meio de valores, crenças e modelos relacionais, fenômeno entendido como transgeracionalidade. A experiência de ter sido objeto de maus-tratos na infância, seja recebendo-os diretamente ou presenciando-os na relação conjugal dos pais, pode ser considerada importante fator de risco para a repetição da violência no relacionamento conjugal e familiar. O objetivo do presente estudo foi investigar os conflitos familiares na família de origem dos autores de violência de gênero e a percepção sobre a conjugalidade. A amostra foi composta por 3 homens autores de violência de gênero, sentenciados pela Juíza Titular da 5ª Vara Criminal, especializada em Violência Doméstica, da Comarca de Maringá – PR. Foi realizada entrevista semiestruturada, gravada em áudio e transcrita na íntegra. Os resultados revelaram que os homens entrevistados foram vítimas de agressões praticadas pelo progenitor do sexo masculino ou por quem exerceu o papel paterno e/ou presenciaram as mães serem agredidas por parceiro íntimo, pai ou padrasto. No presente estudo os entrevistados declaram que os pais ou padrastos faziam uso de bebida alcoólica. Concluiu-se que a violência sofrida na infância e o alcoolismo da figura paterna interferiram na constituição psíquica dos sujeitos e na transgeracionalidade da violência de gênero. |
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