MITO E FILOSOFIA NA LEITURA DE KATHRYN A. MORGAN
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br//handle/123456789/5903 |
Resumo: | O pensamento expresso por Platão foi, e continua sendo extremamente importante para o mundo Ocidental. O seu pensamento metafísico, religioso, ético, político, teológico e estético deixou uma marca profunda e foi, via platonismo, o referencial que mais impôs uma marca na teologia cristã. Platão foi um racionalista de marca maior, a saber, com ele o pensamento chega a píncaros intelectuais poucas vezes igualados, se igualados: a razão é explorada por ele em todos os seus meandros e desdobramentos até um ponto em que parece impossível seguir-se adiante. Contudo, quando Platão chega ao máximo das possibilidades racionais, com a teoria das Idéias, particularmente com a Idéia de Bem, eis que ele parece titubear e apela para o mito. Por que é que a epistemologia racional não pode ser a única na explicação última da realidade? Afinal, um único aspecto, o racional, basta ou não para ler a realidade em sua profundidade mais íntima? O objetivo deste artigo consiste em examinar o vínculo filosofia e mito, especialmente em Platão; a metodologia utilizada para a elaboração do mesmo consiste no exame crítico do livro Myth and Philosophy from the Presocratics to Plato de Kathryn A. Morgan. Os resultados aos quais o autor chegou são os seguintes: há, segundo a autora do livro examinado, uma verdadeira interpenetração entre o mito e a filosofia nos pré-socráticos, sofistas e, especialmente em Platão; que o mito não é e nem pode ser tratado simplesmente como o outro da filosofia, ao lado e oposto a esta e, resultado final: que esta tese, por mais instigante que seja, traz sérios problemas de ordem epistemológica. |
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O pensamento expresso por Platão foi, e continua sendo extremamente importante para o mundo Ocidental. O seu pensamento metafísico, religioso, ético, político, teológico e estético deixou uma marca profunda e foi, via platonismo, o referencial que mais impôs uma marca na teologia cristã. Platão foi um racionalista de marca maior, a saber, com ele o pensamento chega a píncaros intelectuais poucas vezes igualados, se igualados: a razão é explorada por ele em todos os seus meandros e desdobramentos até um ponto em que parece impossível seguir-se adiante. Contudo, quando Platão chega ao máximo das possibilidades racionais, com a teoria das Idéias, particularmente com a Idéia de Bem, eis que ele parece titubear e apela para o mito. Por que é que a epistemologia racional não pode ser a única na explicação última da realidade? Afinal, um único aspecto, o racional, basta ou não para ler a realidade em sua profundidade mais íntima? O objetivo deste artigo consiste em examinar o vínculo filosofia e mito, especialmente em Platão; a metodologia utilizada para a elaboração do mesmo consiste no exame crítico do livro Myth and Philosophy from the Presocratics to Plato de Kathryn A. Morgan. Os resultados aos quais o autor chegou são os seguintes: há, segundo a autora do livro examinado, uma verdadeira interpenetração entre o mito e a filosofia nos pré-socráticos, sofistas e, especialmente em Platão; que o mito não é e nem pode ser tratado simplesmente como o outro da filosofia, ao lado e oposto a esta e, resultado final: que esta tese, por mais instigante que seja, traz sérios problemas de ordem epistemológica. |
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