HISTERIA E BORDERLINE: CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS NA TEORIA PSICANALÍTICA PÓS-FREUDIANA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MOREIRA, Ana Paula
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: MELLO NETO, Gustavo Adolfo Ramos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/6970
Resumo: Este texto surge a partir de um projeto maior cujo objetivo foi o de abordar o discurso psicanalítico sobre a histeria depois de Freud. Para tanto, levantou-se, através das bases informatizadas da Associação Americana de Psicologia (APA) cerca de 800 resumos de artigos. Esses foram separados e agrupados em temas tais como “estados da coisa-revisões”, “o corpo na histeria”, “histeria e transferência”, “histeria e transtornos alimentares”, “histeria e depressão”, “histeria e sedução”, etc. O tema que se destaca para este artigo está em torno das relações entre histeria e quadros borderline. No fim dos anos 60, intensificaram-se discussões na psicanálise relativas ao desaparecimento da histeria, enquanto quadro psicopatológico. Houve, então sua substituição por quadros conhecidos como limítrofes (borderline). Isso permitiu variados pontos de vista, entre eles o de que a histeria teria evoluído culturalmente para quadros limítrofes, ou, outro ainda, de que ela teria sido conjugada a eles. Nesse contexto, realizou-se trabalhos estatísticos, trabalhos teóricos e, principalmente, trabalhos descritivos cuja preocupação foi o diagnóstico diferencial entre histeria e quadros borderline durante o processo terapêutico. Tais trabalhos discutem, entre outras coisas, as diferentes terminologias utilizadas para tais quadros, e tentam delinear uma linha divisória entre eles. O presente artigo visa analisar esses trabalhos, publicados em artigos e livros, de maneira a apontar os momentos em que a histeria “encontra” os quadros borderline e a importância de tais momentos para a psicanálise. Questiona-se, ainda, a necessidade, na psicanálise, de delimitar tão precisamente tais quadros, tendo em vista que o psiquismo de cada ser humano se constitui de maneira dinâmica e única.
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