OS CÍRCULOS DO INFERNO NA DIVINA COMÉDIA

• Autor(a) principal: COSTA, Daniel Lula
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/4709
• topic: Círculos; Inferno; Idade Média; Representação

O Inferno medieval tornou-se homogêneo a partir do século XI. Neste momento, o discurso religioso cristão fortaleceu a presença dos ambientes do além- túmulo, mas principalmente, do Inferno. Neste período,as pinturas e obras literárias descreveram e mostraram como a mentalidade coletiva medieval compreendia o Inferno cristão. A obra que se destacou foi a Divina Comédia, escrita por Dante Alighieri no final do século XIII. Nesta obra o autor descreve em detalhes os ambientes do pós-morte cristão, o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. O Inferno de Dante afunila-se da superfície da Terra até o seu centro, e divide-se em nove círculos.A pesquisa será realizada com base em elementos do campo religioso valendo-nos do método da História Cultural. Todo movimento religioso é formado ou adequado a uma representação cultural, o que nos possibilita uma discussão acerca do imaginário medieval na formação da estrutura física do inferno em a Divina Comédia. A compreensão e a pesquisa de uma obra literária são de extrema importância para a expansão do conhecimento de uma mentalidade construída por uma sociedade, por possibilitarem a apreensão de simbologias, signos e estruturas sociais que eram predominantes na época em que foi escrita, resultando na agregação e expansão da narrativa e do conhecimento historiográfico. O objetivo é pesquisar a representação e as simbologias dos círculos do inferno dantesco, para tanto, utilizar- se ao conceito de representação e de apropriação defendidos pelo historiador Roger Chartier, para pensar e discutir como a sociedade medieval estruturou o Inferno cristão e deu-lhe legitimidade. Busca- se entender o Inferno Dantesco como um ambiente que estava presente no cotidiano do homem medieval e, portanto, explicava e dava sentido ao seu mundo.