CONTROLE SOCIAL E REPRESSÃO NO PARANÁ, DURANTE A DITADURA MILITAR (1964-1984): DOPS VERSUS MILITÂNCIA COMUNISTA

• Autor(a) principal: BRUNELO, Leandro
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: PRIORI, Angelo Aparecido
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7280
• topic: Partido comunista brasileiro; Polícia política; Ditadura militar

As discussões que norteiam esta pesquisa visam, antes de tudo, compreender determinadas questões relacionadas ao período da ditadura militar brasileira dando atenção, prioritariamente, para a atuação da polícia política no Estado do Paraná e para militância do Partido Comunista Brasileiro (PCB) que simbolizava um dos focos de resistência ao governo oficial. Nesse sentido, almejando entender como funcionava a estrutura policial e as medidas tomadas pelos militantes do PCB para exporem suas idéias políticas alternativas, recorreu-se aos documentos produzidos pela Delegacia de Ordem Política Social (DOPS) – um órgão de segurança interna que atuou durante 69 anos no Paraná (1920-1989) – e que concentram informações interessantes a respeito da maneira como o organismo policial se estruturava para combater o comunismo no Estado, ao mesmo tempo, que exemplifica quais eram os procedimentos de enfrentamento empregados pelo Partido Comunista, bem como evidencia o seu posicionamento ideológico contrário ao regime militar implantado no país em abril de 1964 . Juntamente com essa documentação, a pesquisa também utilizará como fonte o IPM 745, resultado da Operação Marumbi desencadeada no Paraná em 1975 pela DOPS e que indiciou 65 pessoas acusadas de rearticularem as bases do PCB em várias cidades paranaenses. Dessa maneira, portanto, este trabalho pretende compreender como eram realizadas as atividades de controle social, perseguição e repressão política feitas pela polícia política sobre os militantes do PCB que, por sua vez, eram contrários ao regime político liderado pelos generais-presidentes.