ESTUDO SOBRE AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO ANPR
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7234 |
Resumo: | Defeitos do nascimento ou anomalias congênitas são quaisquer tipos de anomalias estruturais, porém nem todas as variações do desenvolvimento são anomalias. Há quatro tipos de anomalias congênitas clinicamente significativas: malformações, perturbação, deformação e displasia. As malformações constituem defeito morfológico de um órgão, de parte dele ou de uma região maior do corpo resultante de um processo do desenvolvimento intrinsecamente anormal. As mais graves são aquelas que acometem o sistema nervoso central (SNC). Sobretudo no primeiro trimestre, o feto apresenta-se vulnerável a agentes químicos, físicos e biológicos. Tais agentes podem comprometer o desenvolvimento embrionário e fetal originando alterações morfológicas (AM), que por sua vez, podem ser fatais ou prejudicar funcionalmente a vida pós-gestacional. Os períodos mais críticos do desenvolvimento são quando divisão e diferenciação celular e a morfogênese estão em seu ponto máximo. A faixa de sensibilidade dos membros é de 24 a 36 dias, do cérebro vai de 3 a 16 semanas, já o sistema esquelético tem um período crítico de desenvolvimento prolongado estendendo-se até a infância. Em Maringá, a Associação Norte Paranaense de Reabilitação (ANPR) representa uma entidade que tem por objetivo atender terapeuticamente pacientes com AM e funcionais melhorando a qualidade de vida desses pacientes. Atualmente, a ANPR atende a 23 municípios e 222 pacientes. Considerando que AM são erros durante a formação de tecidos e órgãos que comprometem o desenvolvimento do feto, o presente trabalho teve por objetivo investigar as principais AM em pacientes atendidos pelo ANPR. Foi realizada análise dos prontuários dos pacientes atendidos pela ANPR no período de janeiro de 1999 a junho de 2004. Dos 222 prontuários analisados no período, 157 apresentam AM como paralisia cerebral 97 (44%), alterações neuropsicomotoras 30 (13%), síndromes 14 (6,5%), mielomeningocele 13 (6%), hidro e microcefalia 12 (5,5%), seqüelas de agentes biológicos 10 (4%) e outros casos 46 (21%). Nossos resultados demonstram que aproximadamente 75% da AM dos pacientes atendidos pelo ANPR envolvem alterações do SNC. Tem sido demonstrado que as AM envolvendo o SNC ocorrem no início da gestação devido à formação do tubo neural. Entretanto, o início da gestação corresponde a fase em que há menor preocupação da gestante em relação à gravidez, uma vez que a maioria das gestantes desconhecem a gravidez e, dessa forma, são expostas a situações de risco como o uso de medicamentos, drogas entre outros. Entretanto, esta correlação entre AM no SNC e exposição da gestante às situações de risco foi prejudicada pela deficiência de dados contidos nos prontuários, principalmente aqueles relacionados com o diagnóstico fechado das AM, exposição das mães a agentes químicos, físicos e biológicos bem como o período gestacional desta exposição. Estudos epidemiológicos sobre as AM e suas possíveis causas são importantes para elaboração de medidas de intervenção. Se considerarmos que a maioria das AM envolvendo o SNC ocorre no início da gravidez, o desenvolvimento de políticas de planejamento familiar, sobretudo planejamento da gravidez, podeia reduzir estas alterações, uma vez que a exposição a situações de risco ao feto seria evitada pela possível gravidez. APOIO: CiTecS - Grupo de Pesquisa de Ciência e Tecnologia na Área de Saúde. |
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