ESQUIZOFRENIA – POSSIBILIDADES NO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Silvana Davantel A. L.
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: ANDRIOLLI, Marina Tristão, MARSOLA, Daniela Cristina Silveira, MAINARDES, Sandra Cristina Catelan, BILIERI, Mileny Marchi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7773
Resumo: A esquizofrenia constitui-se na mais frequente das psicoses, distúrbio em que o paciente perde o juízo da realidade. Cerca de 1% da população em geral sofre desta psicose, ou seja, apresenta graves distúrbios do pensamento, como delírios de perseguição e perda das conexões lógicas de idéias, da percepção, principalmente alucinações auditivas, emoções incongruentes com a situação ambiental, excessiva timidez e isolamento social, alterações da motricidade, como agitação ou imobilidade. Acredita-se que defeitos funcionais, em vias neurais definidas que se utilizam neurotransmissores específicos e desequilíbrios em suas múltiplas interações que possam explicar os complexos sintomas positivos e negativos constatados nesta psicopatologia. Ela pode ser precipitada por muitos fatores que contribuem para gerar uma disfunção no sistema límbico anterior, principalmente no hemisfério esquerdo do cérebro. Assim, certas pessoas seriam geneticamente predispostas, possivelmente em virtude de uma organização peculiar do sistema límbico e do equilíbrio inter-hemisfério. Tais indivíduos podem ter traços de personalidade esquizóides ou psicóticos que teriam um valor adaptativo em determinadas circunstâncias, porém que os tornam relativamente susceptíveis ao desenvolvimento, quando expostos a diferentes tipos de stress ambiental inespecíficos. Em termos de balanço inter-hemisfério o paciente esquizofrênico sofreria de uma disfunção do hemisfério esquerdo bem com de um déficit de comunicação entre este e o hemisfério direito. A hipótese dopaminérgica da esquizofrenia baseia-se em dados que demonstram de forma inequívoca que as drogas antipsicóticas atuam reduzindo a neurotransmissão dopaminérgica no SNC. As principais vias envolvidas nas ações dos neurolépticos é a nigroestriatal que vai da substância negra do mesencéfalo até os núcleos caudado e putamem no telencéfalo. A via mesolímbica que se origina parte ventral do tegmento mesencefálico e termina em diversos núcleos subcorticais do telencéfalo pertencentes ao sistema límbico. A via mesocortical, origina-se no tegmento ventral do mesencéfalo e projeta-se em áreas corticais que se relacionam com estruturas límbicas. Esta pesquisa tem por objetivo caracterizar os conhecimentos teóricos da esquizofrenia e a forma de tratamento farmacológico, visando correlacionar o tratamento farmacológico proposto pela literatura, e o tratamento usualmente proposto pelos profissionais da medicina. O método utilizado foi a coleta de dados junto a profissionais da saúde ( duas clínicas médicas, seis farmácias e duas Unidades Básica de Saúde), utilizando também a literatura pertinente. O resultado desta pesquisa apresentou informações consideráveis a respeito desta patologia, considerada atualmente como um dos transtornos psiquiátricos mais graves e devastadores, causando um grande impacto social e psicológico tanto nas pessoas acometidas como em seus familiares. Constatou-se também que atualmente existe um número bastante grande de fármacos, com diferentes perfis de efeitos colaterais para o tratamento desta patologia. Através desta pesquisa conclui-se que os fármacos mais usualmente prescritos são Cloridrato de Tioridazina (Melleril) e a Clozapina (Leponex); no entanto o Cloridrato de Tioridazina (Melleril) é o mais adquirido nas farmácias e nas Unidades Básicas de Saúde, uma vez que o custo financeiro deste fármaco é inferior, se comparado aos demais psicotrópicos.
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