ESTUDO MACROSCÓPICO DE UM CASO DE MIOSITE OSSIFICANTE EM ESQUELETO HUMANO

• Autor(a) principal: NARIMATSU, Milton Minoru
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: NAKAGAWA, Priscila, FONZAR, Vanessa Desie
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7566
• topic: Miosite ossificante; Traumatismo; Implicações funcionais

Miosite ossifante é caracterizada por calcificação e ossificação heterotópica, não neoplásica em tecidos moles. Manifesta-se geralmente em adolescentes atléticos e adultos jovens. Em geral, relaciona-se com traumatismo local, embora ocorra na ausência deste, sendo que em condições traumáticas envolve músculo, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e periósteo subjacente. Estudos recentes mostram a existência de uma célula indiferenciada conhecida como célula precursora osteogênica indutível, que, após estímulo por trauma, pode diferenciar-se em osteoblasto ativo. Estas células retêm uma relação estreita com os capilares e reagem a estímulos indutivos com proliferação, resultando em células-filhas que são capazes de se diferenciar diretamente em osteoblastos. As células osteoprecursoras indutíveis são encontradas fora do osso. Estas células semelhantes a fibroblastos são comuns no tecido fibroso subcutâneo e músculos esqueléticos. Elas respondem à presença de certos princípios osteoindutivos com formação óssea heterotópica. A evidência radiológica de formação óssea é vista, na maioria das vezes, 3 a 4 semanas após a lesão inicial, mas o mecanismo preciso pelo qual o trauma ativa a célula primordial permanece desconhecido. O objetivo deste trabalho foi relatar o caso de uma peça anatômica do laboratório de anatomia humana do CESUMAR. Para sua realização foram utilizadas duas costelas de um esqueleto adulto humano que apresentavam-se parcialmente fundidas. O material foi submetido à análise macroscópica para obtenção de dados morfométricos. Neste estudo de caso observou-se a calcificação do espaço intercostal entre a 1a e a 2a costelas do antímero esquerdo, com 7 cm de comprimento e 2 mm de espessura, interligando o terço médio das referidas costelas. Após a análise da peça anatômica, pelas constatações apresentadas, conclui-se que se trata de um caso de miosite ossificante traumática (circunscrita), com implicações funcionais na dinâmica da caixa torácica durante os movimentos respiratórios dificultando assim a expansibilidade torácica e ventilação pulmonar.