A RECEPÇÃO TEORIA DARWINISTA NA ESCOLA DE MINAS DE OURO PRETO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7109 |
Resumo: | O conceito histórico de evolução, talvez o conceito central da historiografia moderna, se expande a partir da obra de Charles Darwin, “A Origem das Espécies” publicada em novembro de 1859. A partir de então, suas idéias começam a permear as mais diversas áreas, dentre elas a História. É com este conceito que, através da historiografia moderna, podemos juntar passado, presente e futuro num processo linear e sem ruptura, e assim pensar a história como uma marcha evolutiva assentada na própria natureza das coisas. No continente europeu essa concepção evolutiva era apresentada por Spencer e Darwin, que propunham a busca do processo evolutivo em fenômenos aleatórios inscritos na própria realidade, e não mais nos processos teleológicos. No Brasil essas idéias começam a permear o cenário intelectual a partir da década de 1870, e são divulgadas pela chamada geração de 70. Na ausência de um conceito histórico de evolução que permitisse pensar o processo histórico como um encadeamento de fatos sucessivos, a historiografia romântica esteve sempre dependente da existência de uma providência divina orientadora da História. A geração de 1870, fundamentada na biologia social e psicológica do ser humano, tenta estabelecer leis históricas para tentar substituir esta Providência. Assim, este painel tem como objetivo apresentar os resultados preliminares de uma pesquisa que venho desenvolvendo como bolsista de iniciação científica na Ufop, orientada pelo Prof. Valdei Lopes de Araujo. Trata-se de mapear a recepção do conceito darwinista de evolução na Escola de Minas de Ouro Preto, através dos “Annaes da Escola de Minas de Ouro Preto” publicados a partir de 1881, quando a escola estava sob direção de Claude-Henri Gorceix. Também através das atas da Congregação da Escola de Minas, e das demais atas produzidas pelos professores e pela instituição no período pretendido, buscamos perceber esta recepção do pensamento darwinista. Fundada em 1876, por Henri Gorceix, fruto de uma vontade política orientada em boa parte por motivos de natureza antes ideológica do que econômica, a Escola de Minas de Ouro Preto foi um importante centro de divulgação das idéias científicas no Brasil, formando profissionais de renome no âmbito das ciências. A Escola de Minas agiu como fator importante na implantação do espírito científico, graças à valorização da pesquisa empírica, feita na contramão da tradição livresca predominante no país. Esta preocupação com a pesquisa empírica é o reflexo de quem a criou – Henri Gorceix, que havia se destacado, na Europa, em suas pesquisas nas áreas de geologia e mineralogia. Além dos “Annaes” e das “Atas” estudaremos algumas obras centrais presentes na biblioteca de obras raras desta escola. |
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