AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA METADONA OU NEOSTIGMINE, ASSOCIADOS À LIDOCAÍNA, ADMINISTRADOS PELA VIA EPIDURAL NO CÃO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7710 |
Resumo: | A metadona é um agente da classe dos opióides com efeitos farmacológicos similares aos da morfina. No homem, a metadona demonstrou proporcionar analgesia similar à morfina, petidina e fentanil quando administrados por via epidural. A analgesia pós-operatória após administração da metadona por essa via foi considerada satisfatória após diversos procedimentos cirúrgicos tais como toracotomia, laparotomia e cirurgia corretiva de hérnia de disco lombar. A incidência de efeitos adversos foi baixa e consistiu em depressão respiratória, náuseas e prurido. Em eqüinos a administração de metadona por via epidural, na dose de 0,1 mg/kg, proporcionou analgesia no períneo, região lombossacra e torácica, com duração de 5 horas e ausência de efeitos adversos. Em gatos, a metadona administrada por via epidural proporcionou analgesia de duração similar à meperidina. O neostigmine é um agente da classe dos anti-colinestrásicos utilizado clinicamente no tratamento do íleo paralítico, atonia vesical, glaucoma e miastenia gravis, bem como na reversão do bloqueio neuromuscular proporcionado pela administração de agentes curarizantes durante a anestesia. Estudos têm demonstrado que a administração de neostigmine por via epidural proporciona analgesia. Adicionalmente, a associação de neostigmine a anestésicos locais por essa via levou ao aumento da duração da analgesia produzida por esses fármacos e à diminuição do consumo total de analgésicos durante as primeiras 24 horas após intervenções cirúgicas. Face à inexistência de dados na literatura consultada sobre o uso da metadona ou neostigmine pela via epidural no cão, o presente estudo será realizado objetivando avaliar os efeitos da metadona ou neostigmine sobre a anestesia epidural proporcionada pela lidocaína. Metodologia: Seis cães de idades, sexos, raças e pesos variados, considerados hígidos, serão utilizados no estudo. Os animais serão tranqüilizados com acepromazina (0,1 mg/kg IV) e após 30 minutos serão aleatoriamente submetidos à anestesia epidural lombossacra de acordo com os seguintes grupos: lidocaína 5 mg/kg (grupo 1 - controle); neostigmine (0,01 mg/kg) associado à lidocaína (grupo 2); neostigmine (0,05 mg/kg) associado à lidocaína; metadona (0,3 mg/kg) associada à lidocaína. Nos grupos 2, 3 e 4 o volume de lidocaína a 2% associada ao neostigmine ou metadona será o necessário para se atingir um volume final equivalente a 0,25 ml/kg. Serão mensuradas as freqüências cardíaca (FC) e respiratória (FR), pressão arterial sistólica (PAS), duração e altura de bloqueio antes da anestesia epidural e aos 15, 30, 45, 60, 75 e 90 minutos após o bloqueio. Todos os animais serão submetidos aos quatro grupos estudados com intervalo mínimo de uma semana entre cada experimento. O estudo será do tipo cego, de forma que o avaliador não saberá a qual dos grupos o animal foi submetido. Resultados Parciais: Os resultados apresentados são referentes à conclusão de 50% do projeto (12 anestesias). Não foram observadas diferenças entre os grupos em relação à FC, FR e PAS. A duração do bloqueio epidural foi maior nos animais do grupo 2 (90 minutos) em relação aos demais grupos (60 minutos no grupo 1 e 52,5 minutos nos grupos 3 e 4). Conclusão: Aparentemente, o uso de neostigmine em baixas doses prolonga o tempo de bloqueio epidural proporcionado pela administração de lidocaína. Já em doses altas, esse fármaco limita o volume de lidocaína utilizado e consequentemente reduz a eficiência do bloqueio. |
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