DEMOCRATIZANDO O ENSINO A DISTÂNCIA POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE

• Autor(a) principal: WILLIAN, Beline
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: SALVI, Rosana Figueiredo
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7612
• topic: Ead; Linux; Moodle

É fato que a Educação a Distância (EaD) está entre nós há mais de um século, marcando sua presença pela utilização de diferentes tecnologias, desde o material impresso, passando pelo rádio e a televisão, até chegar aos computadores. Outro fato é a utilização dos chamados Softwares Livres (SL) nos mais diversos lugares do mundo. Diante disso, fazer uma discussão entre a possível integração entre a EaD e SL é o que objetiva este trabalho. Graças a filosofia libertadora do movimento SL, os ambientes desenvolvidos para EaD, quando feitos em SL, têm algumas características que não teriam se comparados a um ambiente de Software Proprietário (SP) como: comprometimento ético, liberdade, qualidade, continuidade, autonomia tecnológica, segurança, fomento, compartilhamento do conhecimento e o desenvolvimento de mercados locais. (MATERIAL E MÉTODO) A grande quantidade de SLs que podem ser utilizados num ambiente de EaD requer um tratamento de seleção de apenas alguns ambientes (Moodle, TelEduc, ATutor e Dokeus) para que se possa dar conta da proposta aqui apresentada. Com isso, pretende-se analisar os sites relacionados aos ambientes apresentados anteriormente bem como se fazer um levantamento bibliográfico da filosofia e história do SL. (RESULTADOS E DISCUSSÃO) De acordo com os ambientes estudados acima e o que se prega no movimento free software, alguns tópicos podem ser vistos como fundamentais quanto à utilização/justificação do SL na EaD, como: (i) Ética: os softwares que são patenteados são fruto de um conhecimento acumulado, que não se configura em algo exclusivamente deles; (ii) Erros Corrigidos: no SL são mais rápidos se comparados ao SP; (iii) Liberdade: ter acesso ao código fonte de um determinado programa é fundamental para se poder alterá-lo de maneira que fique com as características de determinada região/cultura; (iv) Qualidade: com a liberdade de se alterar o software, devido ao acesso ao código fonte, dependerá da comunidade/grupos que o utilizam; (v) Continuidade: se determinada empresa detentora de uma tecnologia não quiser dar prosseguimento ao projeto, seus usuários terão sérios problemas. Sendo SL qualquer pessoa/grupo interessado pode dar prosseguimento ao trabalho de desenvolvimento e assistência; (vi) Fomento: a um novo modelo de negócios que privilegia serviços e não apenas venda de licenças; (vii) Compartilhamento de Conhecimento: a ciência só evolui porque alguém adquire conhecimento já existente e o aprimora. Isso implica um software ser SL; (viii) Desenvolvimento de Mercados Locais: com a economia gerada pela redução das remessas de divisas para pagamento de royaties. (CONCLUSÕES) Diante do exposto acima, pode-se afirmar que a utilização do SL em ambientes de EaD tem diversos fatores, que podem se tornar molas propulsoras, se já não o são, na divulgação da EaD. Instituições de Ensino que outrora não tinham condições financeiras para trabalhar com EaD, dado ao preço dos sistemas existentes, podem utilizar-se dos SLs. Podem, se assim desejarem, melhorar e compartilhar tais softwares com a comunidade em prol de um bem maior, a educação.