OCORRÊNCIA DE ENDOCARDITE VEGETANTIVA EM SUÍNOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ASSIS, Maisa Martins Quirilos
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: HEADLEY, Selwyn Arlington, SANTOS, José Maurício Gonçalves dos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7471
Resumo: Endocardite vegetativa ou infecciosa é uma infecção cardíaca, que pode acometer o endotélio valvar ou mural, caracterizada por inflamação devido à colonização ou invasão microbiana, levando à formação de crescimentos vegetativos volumosos e friáveis. Essa massa friável é composta por um grande número de microrganismos envoltos por fibrina e plaquetas. Quase sempre as lesões são de origem infecciosa. Podem interferir na ejeção de sangue pelo coração por causar insuficiência ou estenose das valvas cardíacas. O sopro associado é a principal manifestação clínica e, podendo desenvolver insuficiência cardíaca congestiva, e conseqüente edema pulmonar. A maioria dos casos é por infecção bacteriana, não se sabe com certeza se a infecção penetra por contato direto com o endotélio intacto ou por pequenas soluções de continuidade nas superfícies valvares ou ainda por disseminação hematógena.É mais comum ser uma seqüela de infecção crônica resultante de uma bacteremia persistente. As lesões da endocardite envolvem a morte e desaparecimento do endotélio. Na superfície destruída do endotélio, forma-se trombo, e em seu interior a proliferação de colônias de microrganismos, com formas irregulares chamadas de vegetações. Podem ser lesões ulcerativas e fragmentos podem se soltar e causar endocardite embólica. Os sinais clínicos podem variar entre uma meningite aguda severa, morte súbita, septicemia e artrite. Em casos menos agudos observa-se depressão, rubor da pele, incoordenação e febre. Há sinais nervosos como paralisia, pedalagem, opstótono e tetania, existem relatos de alterações na esfera reprodutiva. Os agentes etiológicos mais comumente envolvidos nessa são: Erysipelohrix rhusipathiae, Erysipelohrix tonsilarum, Streptococcus spp, Escherichia coli, Actinobacillus suis, Actinobacillus equuli, Arcanobacterium pyogenes, Staphylacoccus aureus e Staphylococcus dysgalactiae. Fungos também causam endocardite, são eles: Cândida albicans, Histoplasma spp e os com predileção pela árvore vascular como o Aspergillus spp. As lesões crônicas são menos friáveis e têm maior possibilidade de liberar êmbolos, mas desenvolvem-se aderências entre as cúspides e a retração do tecido cicatricial causa atrofia, distorção e espessamento valvares. A evolução da miocardite pode ser prolongada, ou então, o animal pode vir a óbito sem sinais. Em porcas é comum o desenvolvimento de agalaxia nas primeiras 2-3 semanas após o parto, seguida por perda de peso, intolerância ao exercício e dispnéia em repouso. A ocorrência de edema nos pulmões pode deixar a pleura brilhante, presença de espuma em traquéia, brônquios, bronquíolos e parênquima pulmonar, além de aumentar o peso do órgão.O tratamento não é muito satisfatório. A espessura das lesões impede a penetração dos medicamentos e pode ser preciso testar uma ampla gama de antibióticos.
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