CARACTERIZAÇÃO DOS ÓBITOS FETAIS E INFANTIS OCORRIDOS EM 2016 E 2017 NA 15º REGIONAL DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LOPES, Sara Nazaré Carvalho Brito
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: CECILIO, Fernanda Santana, SILVA, Juliana Dalcin Donini e
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2179
Resumo: O objetivo deste estudo é traçar o perfil dos óbitos infantis e fetais ocorridos nos anos de 2016 e 2017 ocorridos na 15ª regional de saúde do estado do Paraná. Trata-se de um estudo documental, retrospectivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados dos prontuários analisados pelo Comitê de Mortalidade Materno e Infantil da 15ª Regional de Saúde do Estado do Paraná nos anos de 2016 e 2017. Os dados foram coletados e organizados em planilhas do programa Microsoft Excel 2013. Posteriormente, foram tabulados por meio de tabelas e analisados através de análise descritiva simples e de estudos sobre o tema. Através dos dados obtidos, verificou-se que, dos óbitos infantis e neonatais ocorridos nos anos de 2016 e 2017, 41,8% foram fetais e 58,2% de crianças menores de um ano. Em relação ao pré-natal, 63% das mulheres realizaram pelo Sistema Único de Saúde, 23,6% realizaram na rede particular/convênios e apenas 2% aconteceram de forma mista entre Sistema Único de Saúde e convênio/particular. A idade das mães variou entre 16 e 43 anos, com média de 27 anos. A média de cobertura da Estratégia de Saúde da Família nos municípios de ocorrência dos óbitos foi de 64%. Dos óbitos analisados pelo Comitê de Mortalidade Materno e Infantil, 45% foram considerados evitáveis. Após a análise dos prontuários, 43% dos óbitos fetais e infantis tiveram a causa do óbito alterada pelo comitê. Diante dos resultados pode-se destacar que a maioria dos acompanhamentos realizados durante a gestação e nascimento foram pela rede pública de saúde, mostrando que muitos ainda preferem ser atendidos pelo setor privado e serviços conveniados. A baixa cobertura de equipes da Estratégia de Saúde da Família nos municípios de ocorrência dos óbitos pode ser indicativo de que ainda é necessário melhorar a atenção básica de saúde aos usuários. Fica explícito que ainda há fragilidade no preenchimento das declarações de óbitos, principalmente no que se refere a causa do óbito. Outro ponto a ser destacado, inclusive pode-se considerar uma fragilidade do estudo, é a inadequação do preenchimento das fichas de investigação, assim como dos prontuários, onde há falta de informações importantes e informações incompletas, dificultando o trabalho das análises dos óbitos. Nesse ínterim, destaca-se a fragilidade nos atendimentos realizados e ainda a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde, principalmente médicos e enfermeiros para preenchimento adequado dos prontuários e fichas de investigação de óbitos infantis e fetais.
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