PREVALÊNCIA DE Chlamydia trachomatis EM PACIENTES DO SEXO FEMININO ATENDIDAS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DAS CIDADES DE MARINGÁ E MARIALVA

• Autor(a) principal: PADILHA, Kallyandra
• Data de Publicação: 2011
• Outros Autores: OLIVEIRA, Karen Brajão de
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/4774
• topic: Chlamydia trachomatis; PCR; Infertilidade feminina; Epidemiologia

Infecções por Chlamydia trachomatis estão entre as principais doenças bacterianas sexualmente transmissíveis em todo o mundo, e de acordo com o Ministério da Saúde (2011), no Brasil, ocorrem a cada ano 1.967.200 novos casos. Os indivíduos com infecção por esta bactéria podem ser sintomáticos ou assintomáticos, mas ambos podem desenvolver sérias complicações, como epididimite, uretrite não- gonocócica, doença inflamatória pélvica, endometrite, salpingite, conjuntivite, linfogranuloma venéreo, tracoma e artrite. Estudos mostram que a infecção por Chlamydia trachomatis durante a gravidez pode afetar o bem-estar do concepto e o curso da gestação, com maior possibilidade de prematuridade, ruptura precoce de membranas, baixo peso ao nascer e morte perinatal, além de esterilidade e gravidez ectópica, sendo que as crianças nascidas de mães infectadas possuem alto de risco de apresentarem conjuntivite neonatal, pneumonia, infecção de faringe, ouvido médio, traquéia e reto durante a infância.Assim, ao considerar o caráter assintomático da doença, a grande população acometida pela bactéria, bem como as sérias complicações que indivíduos sintomáticos e assintomáticos podem desenvolver, este trabalho pretende determinar a prevalência de infecções por Chlamydia trachomatis, em mulheres atendidas pelas UBS das cidades de Maringá e Marialva, bem como verificar a relação entre a prevalência da bactéria e as condições socioeconômicas da população estudada, além de realizar análise socioepidemiológica dos fatores de risco que contribuem para a exposição da população com infecção. Nesta pesquisa serão incluídas pacientes (maiores de 18 anos) atendidas nas UBS das referidas cidades, sendo que sua participação será voluntária mediante assinatura do termo de consentimento livre esclarecido (TCLE). As participantes serão informadas sobre os objetivos da pesquisa, além de serem submetidas a um questionário epidemiológico para coleta de informações relevantes ao trabalho. A coleta será realizada pelo médico(a) ou enfermeira da própria unidade, no momento do exame ginecológico preventivo de rotina, com auxílio de uma escova cervical estéril, serão coletadas células do epitélio cervical uterino para a confecção do esfregaço em lâmina do exame citologico, as escovas que seriam desprezadas - conforme a rotina - serão acondicionadas, em tubos falcon contendo 5 ml de solução tampão T.E. para o transporte ao laboratório de biologia molecular, localizado no bloco 05 do Centro Universitário de Maringá, onde serão realizadas as análises. Este material, será armazenado em freezer a -20° C até a extração do DNA, a qual será realizada com posterior amplificação do mesmo para a detecção do DNA da bactéria empregando-se a PCR devido a sua alta especificidade e sensibilidade, sendo consideradas infectadas as pacientes que apresentarem identificação do DNA bacteriano na amostra. Todos os dados serão analisados estatisticamente por intermédio do programa SPSS Statistics 17.0, onde serão realizados os testes de qui- quadrado de Pearson e análise de correlação pelo teste de Spearman Rho, sendo adotado o nível de significância de p<0,05. Assim, com os resultados obtidos espera-se realizar a identificação do perfil de prevalência do Chlamydia trachomatis e a relação entre a prevalência da infecção bacteriana e as condições socioeconômicas da população estudada.