DIETA DAS ASSEMBLÉIAS DE PEIXES DE DOIS RIACHOS NA REGIÃO DE MARINGÁ-PR

• Autor(a) principal: PEREIRA, Beatriz Cordioli
• Data de Publicação: 2007
• Outros Autores: RIBEIRO, Jéssica Esteves, DELARIVA, Rosilene Luciana
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/6489
• topic: Alimentação; Bacia do rio Pirapó; Riachos urbanizados

O estudo da dieta das assembléias de peixes permite uma melhor compreensão das relações entre as espécies e como estas fazem uso dos recursos espaciais e temporais, em um determinado ecossistema. Tratando-se de riachos esta compreensão torna-se ainda mais importante, haja vista que suas dimensões reduzidas os tornam mais sensíveis à interferência da ação humana. Essas ações influenciam de modo substancial a sobrevivência de muitas espécies, através da diminuição dos recursos diretamente disponíveis ou indiretamente, afetando outros elos da cadeia trófica, haja vista, que neste tipo de habitat a disponibilidade de alimento depende de diversos fatores, tais como vazão d’água, morfologia do canal, atributos físicos e químicos, bem como as interações bióticas do ambiente. Os riachos, objeto de estudo nesse trabalho encontram-se em estado de degradação crescente, uma vez que, estão localizados dentro do perímetro urbano de Maringá e/ou em áreas agriculturáveis, sofrendo diferentes impactos antrópicos. Dessa forma, o levantamento de informações sobre a biota é de extrema relevância na escolha de medidas que permitam o manejo, restauração e a conservação dos mesmos. Deste modo, a presente pesquisa tem como objetivo analisar a dieta das assembléias de peixes em dois riachos (Morangueiro e Queçaba) da região de Maringá, Paraná, dando ênfase aos seguintes aspectos: identificar a composição da dieta, verificar variações espaciais e temporais na dieta das espécies coletadas, relacionar a base alimentar com o grau de urbanização entre os riachos, comparar a dieta das principais espécies e identificar as fontes alóctones e autóctones de alimento. Essas informações contribuem para o entendimento da estrutura e do funcionamento desses ecossistemas aquáticos. Para tanto, serão realizadas coletas de peixes bimestralmente, no período matutino, de dezembro de 2006 à outubro de 2007, utilizando-se de rede de arrasto (malha 0,5 mm) e peneiras (malha 0,15 e 0,20 mm) tendo 20 minutos de esforço, intervalo de 15 e mais 5 minutos de esforço (tentativas adicionais para capturar exemplares remanescentes). Os peixes coletados serão fixados em formol a 10% e conservados em álcool 70%. No laboratório serão identificados, medidos, pesados e eviscerados, e os conteúdos estomacais retirados e analisados sob microscópio estereoscópico e óptico de luz. A análise da dieta dos peixes será realizada através dos métodos de freqüência de ocorrência e volumétrico. Os resultados esperados visam levantar informações sobre a dieta das assembléias de peixes, identificando o uso dos recursos espaciais e temporais. Esses dados contribuirão cientificamente para o manejo, recuperação e conservação desses ecossistemas aquáticos.