Traumatismo cranioencefálico e os acidentes de trânsito – impacto do projeto vida no trânsito no brasil entre os anos de 2008 e 2016
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/5982 |
Resumo: | O traumatismo cranioencefálico (TCE) é considerado um grande problema de saúde pública. No Brasil é a principal causa de morte prematura, e as causas estão relacionadas dentro do grupo de patologias ocorridas por causas externas, sendo os acidentes automobilísticos a principal causa. Assim, o estudo está dividido em duas etapas, onde o objetivo principal da pesquisa será verificar o perfil epidemiológico do TCE em cinco capitais escolhidas para a implantação inicial do Projeto Vida no Trânsito entre os anos de 2008 e 2016. A metodologia da primeira etapa constou em revisar sistematicamente as pesquisas realizadas sobre o impacto do TCE, verificar o estado dos estudos quanto às metodologias empregadas, variáveis associadas e referenciais teóricos utilizados. Para tanto foi usado o protocolo PRISMA com registro na base STROBE. A busca por literatura qualificada foi realizada nas bases de dados eletrônicas: Medline, Embase, PsycINFO, Scorpus, Web of Science, Global Health and Global Health Archives e Global Health Library e para a análise dos dados, optou-se pela análise de conteúdo com metassumarização. Resultados: 80 artigos foram incluídos para análise completa e extração dos dados, no total, 86,3% estudos foram quantitativos, a principal causa do traumatismo cranioencefálico se dá pelos acidentes de transporte terrestre 43,8%, a maioria dos estudos foram com indivíduos com idade entre 18 e 65 anos 71,5%, de acordo com a localidade, os estudos foram conduzidos em Países em desenvolvimento, há predominância de pesquisadores que escolheram como amostra sujeitos que habitavam na Ásia 37,5%. A primeira etapa do estudo mostrou não somente as características dos estudos sobre a saúde e o traumatismo cranioencefálico, más também a extrema importância e a necessidade de haver estudos que ajudem a estabelecer prognóstico para prevenir as causas mais prevalentes de TCE em uma população específica. A segunda etapa trata-se de um estudo ecológico, transversal, de desenho misto que avaliou também variáveis individuais, desenvolvido com dados dos municípios de Belo Horizonte – MG, Campo Grande – MS, Curitiba – PR, Palmas – TO e Teresina – PI, os casos de interesse foram identificados, utilizando-se dados administrativos, provenientes de fontes secundárias, por meio do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), processados e disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), como método de análise de dados optamos pelo ARIMA. Resultados: O número de internações por TCE no decorrer dos anos aumentou, em Teresina 102%, Palmas 59%, Curitiba com aumento de e 58%, Belo Horizonte teve um aumento de 37% nas internações e Campo Grande 15%. O número de internações nos anos de 2008 a 2011 do sexo masculino foi de 19.960 e do sexo feminino 5.134, enquanto que nos anos entre 2012 a 2016 foi de 30 mil homens e 9 mil mulheres. A média do valor total gasto durante os respectivos anos com as autorizações de internação hospitalar, serviços hospitalares como exames, medicações e procedimentos necessários, serviços profissionais e internações, e valores altíssimos aparecem nos achados. Em conformidade com os anos pesquisados (2008-2016) equivalente ao período de nove anos, as cinco capitais tiveram uma média de gasto total de 15.408.834 por ano em saúde. Apesar do significativo impacto socioeconômico associado ao TCE, em especial em países pobres e em desenvolvimento, da sua alta prevalência e taxas de incidência em constante elevação, estudos epidemiológicos permanecem escassos e, portanto, urgentemente necessários. |
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