Avaliação Epidemiológica da Cinomose na região de Maringá-PR: estudo retrospectivo(2005-2009)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARCHI, Melca Nicéia Altoé de
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: BUCHAIM, Veruska Martins da Rosa, BETTINI, Carlos Maia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/6092
Resumo: A cinomose é uma doença infecciosa viral que acomete caninos e outros animais em quase todos os paises do mundo. A real taxa de infecção nas cidades é variável ou desconhecida. Da família Paramyxoviridae do gênero Morbilivírus, o vírus da cinomose induz a doença predominantemente em cães e carnívoros selvagens. Cães de todas as idades podem ser infectados com o vírus da cinomose, filhotes são mais suscetíveis e parecem existir certas diferenças na resistência à infecção dependendo da raça; (raças mais sensíveis são pastor alemão, Cocker e setter). Animais infectados eliminam o agente produtor pelas secreções nasais e lacrimais, assim como pela saliva e urina. Nas fezes nem sempre se consegue evidenciar o vírus. A urina do cão tem capacidade infectante 55 dias depois do contagio. A porta de entrada do agente produtor da cinomose é a mucosa das vias respiratórias e digestivas superiores. O ingresso é produzido por contato direto ou através de alimentos ou objetos infectados. Muitos cães acometidos não foram vacinados, não receberam colostro da cadela imune, estavam imunossuprimidos, e apresentavam histórico de contato com animais infectados. Para diagnosticar a doença, avaliar o conjunto de sinais clínicos; interpretação de hemograma, onde em casos agudos, linfopenia e trombocitopenia podem ser encontrados, monócitos podem aumentar; isolamento do vírus; PCR; sorologia; anamnese; epidemiologia; identificação do antígeno. O tratamento para a cinomose é inespecífica e tem maior eficácia no início da doença, então podemos dizer que não há medicamentos antivirais ou agentes quimioterápicos de valor prático para o tratamento específico da cinomose em cães, porém antibióticos de amplo espectro são indicados para o controle das infecções bacterianas secundárias, das vias respiratórias e alimentares (como ampicilina, amoxilina clavulanato ou cefalosporina), líquidos, eletrólitos, vitaminas do complexo B e complementos nutricionais são indicados para terapia auxiliar. A manifestação multisistêmica, a dificuldade em se estabelecer um diagnóstico clínico preciso, o alto custo e valor limitado dos exames laboratoriais disponíveis e a desatualização de muitos profissionais da área podem estar contribuindo para que a cinomose canina esteja sendo hiperdiagnosticada em muitos estabelecimentos veterinários de todo país. Nesse sentido, ressalta-se a importância de pesquisas que abordem o tema, não só no que se refere a utilização de métodos diagnósticos mais precisos e acessíveis mas também no desenvolvimento de protocolos de tratamento mais eficientes, que venham bloquear a ação do vírus e restaurar a qualidade de vida do paciente. Pretende-se fazer um levantamento epidemiológico à partir de hospitais veterinários e clínicas veterinárias de Maringá, entre 2001 e 2008, para avaliar a influência dos fatores ambientais, intrínsecos e extrínsecos, tipo de tratamento, índice de óbito e outros, no desenvolvimento da cinomose em cães. Espera-se identificar o perfil dos cães infectados pelo vírus da cinomose canina, os fatores que estão associados a esta patologia, bem como instituir medidas profiláticas, permitindo assim melhor qualidade e mais tempo de vida para os pacientes caninos.
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