AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DO FLUNIXIN MEGLUMINE, CETOPROFENO, CARPROFENO OU MELOXICAM SOBRE A DOSE DE INDUÇÃO DO PROPOFOL EM CÃES PRÉ-MEDICADOS COM ACEPROMAZINA
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7726 |
Resumo: | Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) são amplamente utilizados como analgésicos na medicina veterinária, sobretudo na analgesia pós-operatória. Esses fármacos são usados com o objetivo de controlar dores leves, moderadas e severas, de forma isolada ou em associação a outros analgésicos, como por exemplo, os opióides. Além dos efeitos farmacológicos, os AINEs compartilham diversas propriedades farmacocinéticas. Como regra geral são ácidos fracos, bem absorvidos por via oral, apresentam boa lipossolubilidade e baixo volume de distribuição e se ligam em grande parte à albumina plasmátia. Em cães essa taxa de ligação pode ultrapassar os 90% da concentração sérica no caso do flunixin e 99% no caso do carprofeno. O deslocamento desses fármacos de seus sítios de ligação, em função da competição com outros fármacos administrados concomitantemente, poderia levar ao aumento da fração livre (farmacologicamente ativa) de um desses fármacos resultando em aumento na sua toxicidade. O uso concomitante de ibufrofeno ou diclofenaco e digoxina comprovadamente resulta em aumento dos níveis séricos da digoxina. Diversos estudos evidenciaram uma possível melhora no efeito analgésico dos AINEs quando os mesmos são administrados antes da realização do estímulo doloroso (analgesia pré-emptiva), ou seja, no período pré-operatório. No entanto, não há estudos na literatura consultada sobre a possível competição por sítios de ligação entre AINEs e anestésicos gerais, como o propofol. O objetivo do presente estudo será avaliar se a administração pré-operatória de quatro diferentes AINEs frequentemente utilizados na rotina veterinária influencia sobre a dose anestésica do propofol. Cinqüenta caninos de idade, peso e sexo variados, provenientes da rotina do Hospital Veterinário Cesumar serão utilizados. Serão incluídos no estudo somente animais considerados sadios de acordo com exame físico e exames laboratoriais (hematócrito e proteínas plasmáticas). Os animais serão tranqüilizados com acepromazina e, decorridos 30 minutos, receberão aleatoriamente a administração intravenosa de 1 ml de salina (Grupo 1 - controle); flunixin meglumine (1,0 mg/kg – grupo 2); cetoprofeno (2,0 mg/kg – grupo 3); carprofeno (4,0 mg/kg – grupo 4); ou meloxicam (0,3 mg/kg – grupo 5). Após 30 minutos os animais serão induzidos à anestesia geral com propofol na velocidade de 1,5 mg/kg/min, por meio de uma bomba de infusão peristáltica, até que haja perda do reflexo palpebral. O estudo será do tipo cego de forma que o avaliador não saberá qual das medicações foi administrada. A dose de propofol necessária à indução anestésica será comparada entre os grupos para verificar uma possível interferência da administração pré-operatória de algum dos antiinflamatórios estudados sobre a dose indutora do propofol. Os resultados apresentados são referentes à conclusão de 12% do projeto (6 animais). A dose de indução do propofol média foi de 6.1 mg/kg e 5,3 mg/kg respectivamente nos animais dos grupos 2 e 3. Apesar da dose de indução do propofol ser aparentemente maior nos animais do grupo 2 não é possível afirmar ainda se a diferença entre os grupos é significativa devido ao baixo número de animais estudados até o momento. |
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