A RESILIÊNCIA NAS MÃES COMO FATOR DE PROTEÇÃO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MATOS, Moanna
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: SCHMICKLER, Catarina Maria, BORBA, Fernanda Ely
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7582
Resumo: Esta pesquisa investiga aspectos presentes no relato de mães que se revelaram protetoras de suas filhas ante o abuso sexual protagonizado por seus companheiros. Partimos da hipótese de que a mãe abusada na infância e que foi protegida por um adulto, revela traços de resiliência, protegendo sua filha da reiteração do abuso. Para tanto consideramos a resiliência como suporte para a proteção materna em situações de abuso sexual intrafamiliar. Buscamos compreender como as mães abusadas sexualmente na infância enfrentam o abuso sofrido por suas filhas, reordenando a vida familiar e, buscamos também identificar os fatores que favorecem ou impedem as mães a interditar e denunciar o abuso e o companheiro abusador. A pesquisa foi exploratória e de natureza qualitativa. Inicialmente foi realizado um levantamento do estado da arte sobre o assunto. A História de Vida foi a modalidade de investigação adotada. Foram realizadas entrevistas com cinco mães atendidas no Programa Sentinela da Prefeitura de Florianópolis/SC. Os depoimentos foram gravados em fitas magnéticas e transcritos para análise e interpretação a posteriori. Foi possível constatar que a criança está à mercê do abusador caso a mãe não consiga ver os sinais do abuso. As mães protetoras revelaram uma história de abuso-vitimização durante a infância ou adolescência. Essas mães, ao revelarem o abuso, foram acreditadas e encontraram proteção na figura materna. O processo de resiliência construído pelas mães protetoras foi resultante da somatória de recursos pessoais, familiares e contextuais potencializadores do equilíbrio entre os fatores de risco e de proteção, os quais proporcionaram maior autoconfiança, incentivando-as a acreditar nos relatos das filhas, interditando o abuso e denunciando o companheiro. Concluímos que a mãe é a figura preponderante para a proteção de sua(s) filha(s). Uma criança que não encontre acolhimento na figura materna corre risco de revitimização por meses ou até anos sem que o abuso se torne um fato concreto para a mãe. Uma mãe reproduz na vida adulta a qualidade dos cuidados recebidos na sua infância, quer seja de proteção ou não. As mães com história de abuso que tiveram a presença de uma pessoa de confiança ao longo de sua vida tendem a desenvolver uma trajetória resiliente, apresentando grande capacidade de enfrentar a ocorrência do abuso, ressignificar a situação e superá-la, protegendo sua(s) filha(s).
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