MORTE SUBITA DOS CITRUS: CARACTERISTICAS E POSSIVEIS AGENTES INFECCIOSOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARTIN, Renata A
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: LEONEL, Waldeci Matos, MACHADO, Amanda Pollyanne, REIS, Marcela Funaki dos
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7674
Resumo: A Morte Súbita dos Cítrus (MSC) chamada popularmente de “doença arrasa quarteirões” está apavorando os citricultores e mobilizando pesquisadores de instituições públicas e privadas. No Brasil a citricultura ocupa o terceiro lugar no ranking de exportações e é o maior exportador de laranjas no mundo. A doença foi observada primeiramente em 1999, no município de Comendador Gomes no estado de Minas Gerais por técnicos do Fundo de Defesa da Citricultura (FUNDECITRUS), em talhões da variedade Valencia, enxertados sobre o limão – cravo com idade de 12 anos. Desde então, houve migração da doença para outras localidades, chegando ao estado de São Paulo. O nome Morte Súbita foi dado por pesquisadores do Centro de Citricultura Sylvio Moreira, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), e foi nomeado devido a rapidez com que mata algumas variedades de plantas, após o aparecimento dos sintomas. Até agora um milhão de plantas já foram detectadas com sintomas ou morreram. Os primeiros sintomas observados são a perda generalizada do brilho das folhas, seguido de ligeira desfolha, com poucas brotações internas na copa das plantas, mas a característica mais acentuada é a presença de coloração amarelada nos tecidos internos da casca do porta enxerto, na região do floema funcional, que fica completamente obstruído, afetando o sistema radicular. A MSC é muito semelhante à outra doença dos cítrus, a Tristeza dos Cítrus, por sua forma de declínio rápido. O vírus da Tristeza dos Cítrus é transmitida pelos pulgões Aphis spiraela e Aphis gossypii , e parecem serem os mesmo vetores da MSC. Pesquisadores da Alellyx Applied Genomics empresa de biotecnologia ligada ao grupo Votorantin identificou um vírus até então desconhecido, da família Tymoviridae em plantas com sintomas da Morte Súbita. O vírus com o pequeno genoma de 7 mil pares de bases e seis genes, foi seqüenciado nos laboratórios da mesma empresa e batizado de Citrus Sudden Death Vírus (CSDV). Pesquisadores da FUNDECTRUS realizaram experimentos, nas estufas da mesma empresa, utilizando como vetores os pulgões Aphis spiraela e Aphis gossypii e infectaram micromudas e laranjeiras com o Citrus Sudden Death Vírus (CSDV), e ainda verificaram uma terceira espécie, o Toxonoptera citricida, mais ainda não se sabe se este pulgão pode carregar o vírus. Por enquanto, considera-se a possibilidade de o CSDV atuar em conjunto com o Vírus da Tristeza dos Cítrus. Este trabalho foi realizado com proprosito de caracterizar a doença de Morte Súbita dos Cítrus e seus possíveis agentes infecciosos através de revisão bibliografica. Notou-se que pelo grande volume de informações o tema está sendo muito pesquisado, porém como os possíves causadores da doença ainda não foram totalmente esclarecidos, não há nenhuma referência abrangente sobre o assunto, somente resultados de pesquisas. Assim este trabalho reuniu informações de forma a esclarecer dúvidas referentes a Morte Súbita dos Cítrus, suas características e pode indicar seus possíveis causadores de acordo com as referências disponíveis até o atual momento.
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