ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Danielly Fafarao da
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: PAULA, Eloísa Sella de, MAZZO, Silvana Tomitao, RAMOS, Edivan Rodrigo de Paula
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7047
Resumo: A gravidez é uma situação especial, pois durante a gestação, o organismo da gestante passa por várias alterações. Estas alterações também ocorrem no âmbito medicamentoso. Os fármacos administrados em gestantes apresentam padrões de absorção, distribuição, metabolismo e excreção diferentes de uma mulher normal. Apesar da placenta representar uma barreira que dificulte a passagem de várias substâncias para o feto, muitos medicamentos são capazes de ultrapassá-la. Este fato é preocupante, uma vez que os medicamentos são considerados importantes agentes teratógenos, ou seja, substâncias capazes de promover alterações morfológicas fetais. A probabilidade dos medicamentos induzirem alterações fetais é maior quando os mesmos são usados inadequadamente e sem prescrição médica. Dessa forma, o uso irracional de medicamentos durante a gestação deve ser considerado um grave problema de saúde pública e qualquer estudo farmacoepidemiológico sobre este assunto tem importância para sociedade. Objetivo: Considerando que estudos farmacoepidemiológicos podem tornar o consumo de medicamentos durante a gestação mais racional e evitar problemas no desenvolvimento fetal, este trabalho tem por objetivo investigar o perfil de consumo de fármacos em gestantes de Maringá. Metodologia: Para realização deste trabalho, foram aplicados questionários a 50 gestantes atendidas pelo sistema de saúde pública de Maringá. O questionário continha questões abertas e fechadas sobre o perfil sócio-econômico e cultural da gestante, bem como o uso de medicamentos durante a gestação. Resultados e discussão: A idade gestacional é um importante fator na causa de complicações do desenvolvimento fetal. Assim, a gestação em idades superiores a 40 anos são consideradas gestações de risco. Nossos resultados demonstraram que apenas 5 % das gestantes apresentavam idade superior a 40 anos, um valor considerado baixo quando comparado a outras cidades brasileiras. 42 % das gestantes tiveram a gravidez planejada. Este número é considerado baixo e preocupante, pois o planejamento da gravidez reduz a exposição da possível gestante a situações de risco como o uso de medicamentos, drogas entre outros. Isto está de acordo com os resultados encontrados onde 37 % das gestantes relataram o uso de medicamentos antes de saberem que estavam grávidas. Estes resultados são ainda mais preocupantes, uma vez que o primeiro trimestre da gravidez corresponde a fase de maior vulnerabilidade do feto a agentes químicos. 40.3 % das gestantes relataram utilizar, sem prescrição médica, medicamentos para situações como cefaléias, náuseas, dores musculares e febre. Conclusão: Estes resultados, embora sejam parciais, demonstram que há uma alta incidência de gestações sem planejamento familiar e automedicação pelas gestantes. Estas situações devem ser consideradas, uma vez que são situações de risco ao desenvolvimento fetal. Dessa forma, torna-se importante o desenvolvimento de medidas de intervenção para a conscientização da importancia da gestação planejada e os riscos do uso de medicamento sem prescrições médicas durante a gravidez.
id UNICESU-1_cf136e91793989b8b5879f13a40fe11d
oai_identifier_str oai:rdu.unicesumar.edu.br:123456789/7047
network_acronym_str UNICESU-1
network_name_str Repositório Digital Unicesumar
repository_id_str
spelling ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.GestantesMedicamentos na gestaçãoRiscos na gestaçãoA gravidez é uma situação especial, pois durante a gestação, o organismo da gestante passa por várias alterações. Estas alterações também ocorrem no âmbito medicamentoso. Os fármacos administrados em gestantes apresentam padrões de absorção, distribuição, metabolismo e excreção diferentes de uma mulher normal. Apesar da placenta representar uma barreira que dificulte a passagem de várias substâncias para o feto, muitos medicamentos são capazes de ultrapassá-la. Este fato é preocupante, uma vez que os medicamentos são considerados importantes agentes teratógenos, ou seja, substâncias capazes de promover alterações morfológicas fetais. A probabilidade dos medicamentos induzirem alterações fetais é maior quando os mesmos são usados inadequadamente e sem prescrição médica. Dessa forma, o uso irracional de medicamentos durante a gestação deve ser considerado um grave problema de saúde pública e qualquer estudo farmacoepidemiológico sobre este assunto tem importância para sociedade. Objetivo: Considerando que estudos farmacoepidemiológicos podem tornar o consumo de medicamentos durante a gestação mais racional e evitar problemas no desenvolvimento fetal, este trabalho tem por objetivo investigar o perfil de consumo de fármacos em gestantes de Maringá. Metodologia: Para realização deste trabalho, foram aplicados questionários a 50 gestantes atendidas pelo sistema de saúde pública de Maringá. O questionário continha questões abertas e fechadas sobre o perfil sócio-econômico e cultural da gestante, bem como o uso de medicamentos durante a gestação. Resultados e discussão: A idade gestacional é um importante fator na causa de complicações do desenvolvimento fetal. Assim, a gestação em idades superiores a 40 anos são consideradas gestações de risco. Nossos resultados demonstraram que apenas 5 % das gestantes apresentavam idade superior a 40 anos, um valor considerado baixo quando comparado a outras cidades brasileiras. 42 % das gestantes tiveram a gravidez planejada. Este número é considerado baixo e preocupante, pois o planejamento da gravidez reduz a exposição da possível gestante a situações de risco como o uso de medicamentos, drogas entre outros. Isto está de acordo com os resultados encontrados onde 37 % das gestantes relataram o uso de medicamentos antes de saberem que estavam grávidas. Estes resultados são ainda mais preocupantes, uma vez que o primeiro trimestre da gravidez corresponde a fase de maior vulnerabilidade do feto a agentes químicos. 40.3 % das gestantes relataram utilizar, sem prescrição médica, medicamentos para situações como cefaléias, náuseas, dores musculares e febre. Conclusão: Estes resultados, embora sejam parciais, demonstram que há uma alta incidência de gestações sem planejamento familiar e automedicação pelas gestantes. Estas situações devem ser consideradas, uma vez que são situações de risco ao desenvolvimento fetal. Dessa forma, torna-se importante o desenvolvimento de medidas de intervenção para a conscientização da importancia da gestação planejada e os riscos do uso de medicamento sem prescrições médicas durante a gravidez.UNIVERSIDADE CESUMARBrasilUNICESUMAR2021-02-02T12:58:24Z2005-10-192021-02-02T12:58:24Z2005-10-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectapplication/pdfhttp://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7047porSILVA, Danielly Fafarao daPAULA, Eloísa Sella deMAZZO, Silvana TomitaoRAMOS, Edivan Rodrigo de Paulainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital Unicesumarinstname:Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)instacron:UniCesumar2022-07-07T17:10:52Zoai:rdu.unicesumar.edu.br:123456789/7047Repositório InstitucionalPRIhttp://rdu.unicesumar.edu.br/oai/requestopendoar:2022-07-07T17:10:52Repositório Digital Unicesumar - Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)false
dc.title.none.fl_str_mv ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.
title ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.
spellingShingle ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.
SILVA, Danielly Fafarao da
Gestantes
Medicamentos na gestação
Riscos na gestação
title_short ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.
title_full ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.
title_fullStr ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.
title_full_unstemmed ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.
title_sort ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.
author SILVA, Danielly Fafarao da
author_facet SILVA, Danielly Fafarao da
PAULA, Eloísa Sella de
MAZZO, Silvana Tomitao
RAMOS, Edivan Rodrigo de Paula
author_role author
author2 PAULA, Eloísa Sella de
MAZZO, Silvana Tomitao
RAMOS, Edivan Rodrigo de Paula
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv SILVA, Danielly Fafarao da
PAULA, Eloísa Sella de
MAZZO, Silvana Tomitao
RAMOS, Edivan Rodrigo de Paula
dc.subject.por.fl_str_mv Gestantes
Medicamentos na gestação
Riscos na gestação
topic Gestantes
Medicamentos na gestação
Riscos na gestação
description A gravidez é uma situação especial, pois durante a gestação, o organismo da gestante passa por várias alterações. Estas alterações também ocorrem no âmbito medicamentoso. Os fármacos administrados em gestantes apresentam padrões de absorção, distribuição, metabolismo e excreção diferentes de uma mulher normal. Apesar da placenta representar uma barreira que dificulte a passagem de várias substâncias para o feto, muitos medicamentos são capazes de ultrapassá-la. Este fato é preocupante, uma vez que os medicamentos são considerados importantes agentes teratógenos, ou seja, substâncias capazes de promover alterações morfológicas fetais. A probabilidade dos medicamentos induzirem alterações fetais é maior quando os mesmos são usados inadequadamente e sem prescrição médica. Dessa forma, o uso irracional de medicamentos durante a gestação deve ser considerado um grave problema de saúde pública e qualquer estudo farmacoepidemiológico sobre este assunto tem importância para sociedade. Objetivo: Considerando que estudos farmacoepidemiológicos podem tornar o consumo de medicamentos durante a gestação mais racional e evitar problemas no desenvolvimento fetal, este trabalho tem por objetivo investigar o perfil de consumo de fármacos em gestantes de Maringá. Metodologia: Para realização deste trabalho, foram aplicados questionários a 50 gestantes atendidas pelo sistema de saúde pública de Maringá. O questionário continha questões abertas e fechadas sobre o perfil sócio-econômico e cultural da gestante, bem como o uso de medicamentos durante a gestação. Resultados e discussão: A idade gestacional é um importante fator na causa de complicações do desenvolvimento fetal. Assim, a gestação em idades superiores a 40 anos são consideradas gestações de risco. Nossos resultados demonstraram que apenas 5 % das gestantes apresentavam idade superior a 40 anos, um valor considerado baixo quando comparado a outras cidades brasileiras. 42 % das gestantes tiveram a gravidez planejada. Este número é considerado baixo e preocupante, pois o planejamento da gravidez reduz a exposição da possível gestante a situações de risco como o uso de medicamentos, drogas entre outros. Isto está de acordo com os resultados encontrados onde 37 % das gestantes relataram o uso de medicamentos antes de saberem que estavam grávidas. Estes resultados são ainda mais preocupantes, uma vez que o primeiro trimestre da gravidez corresponde a fase de maior vulnerabilidade do feto a agentes químicos. 40.3 % das gestantes relataram utilizar, sem prescrição médica, medicamentos para situações como cefaléias, náuseas, dores musculares e febre. Conclusão: Estes resultados, embora sejam parciais, demonstram que há uma alta incidência de gestações sem planejamento familiar e automedicação pelas gestantes. Estas situações devem ser consideradas, uma vez que são situações de risco ao desenvolvimento fetal. Dessa forma, torna-se importante o desenvolvimento de medidas de intervenção para a conscientização da importancia da gestação planejada e os riscos do uso de medicamento sem prescrições médicas durante a gravidez.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005-10-19
2005-10-19
2021-02-02T12:58:24Z
2021-02-02T12:58:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7047
url http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7047
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE CESUMAR
Brasil
UNICESUMAR
publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE CESUMAR
Brasil
UNICESUMAR
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Digital Unicesumar
instname:Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)
instacron:UniCesumar
instname_str Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)
instacron_str UniCesumar
institution UniCesumar
reponame_str Repositório Digital Unicesumar
collection Repositório Digital Unicesumar
repository.name.fl_str_mv Repositório Digital Unicesumar - Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1805309697474953216