ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS POR GESTANTES DE MARINGÁ.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7047 |
Resumo: | A gravidez é uma situação especial, pois durante a gestação, o organismo da gestante passa por várias alterações. Estas alterações também ocorrem no âmbito medicamentoso. Os fármacos administrados em gestantes apresentam padrões de absorção, distribuição, metabolismo e excreção diferentes de uma mulher normal. Apesar da placenta representar uma barreira que dificulte a passagem de várias substâncias para o feto, muitos medicamentos são capazes de ultrapassá-la. Este fato é preocupante, uma vez que os medicamentos são considerados importantes agentes teratógenos, ou seja, substâncias capazes de promover alterações morfológicas fetais. A probabilidade dos medicamentos induzirem alterações fetais é maior quando os mesmos são usados inadequadamente e sem prescrição médica. Dessa forma, o uso irracional de medicamentos durante a gestação deve ser considerado um grave problema de saúde pública e qualquer estudo farmacoepidemiológico sobre este assunto tem importância para sociedade. Objetivo: Considerando que estudos farmacoepidemiológicos podem tornar o consumo de medicamentos durante a gestação mais racional e evitar problemas no desenvolvimento fetal, este trabalho tem por objetivo investigar o perfil de consumo de fármacos em gestantes de Maringá. Metodologia: Para realização deste trabalho, foram aplicados questionários a 50 gestantes atendidas pelo sistema de saúde pública de Maringá. O questionário continha questões abertas e fechadas sobre o perfil sócio-econômico e cultural da gestante, bem como o uso de medicamentos durante a gestação. Resultados e discussão: A idade gestacional é um importante fator na causa de complicações do desenvolvimento fetal. Assim, a gestação em idades superiores a 40 anos são consideradas gestações de risco. Nossos resultados demonstraram que apenas 5 % das gestantes apresentavam idade superior a 40 anos, um valor considerado baixo quando comparado a outras cidades brasileiras. 42 % das gestantes tiveram a gravidez planejada. Este número é considerado baixo e preocupante, pois o planejamento da gravidez reduz a exposição da possível gestante a situações de risco como o uso de medicamentos, drogas entre outros. Isto está de acordo com os resultados encontrados onde 37 % das gestantes relataram o uso de medicamentos antes de saberem que estavam grávidas. Estes resultados são ainda mais preocupantes, uma vez que o primeiro trimestre da gravidez corresponde a fase de maior vulnerabilidade do feto a agentes químicos. 40.3 % das gestantes relataram utilizar, sem prescrição médica, medicamentos para situações como cefaléias, náuseas, dores musculares e febre. Conclusão: Estes resultados, embora sejam parciais, demonstram que há uma alta incidência de gestações sem planejamento familiar e automedicação pelas gestantes. Estas situações devem ser consideradas, uma vez que são situações de risco ao desenvolvimento fetal. Dessa forma, torna-se importante o desenvolvimento de medidas de intervenção para a conscientização da importancia da gestação planejada e os riscos do uso de medicamento sem prescrições médicas durante a gravidez. |
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