EFEITOS TARDIOS DA SUPLEMENTAÇÃO ANDROGÊNICA NEONATAL EM RATOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO CORPORAL E DE ÓRGÃOS DA REPRODUÇÃO E RESPOSTA A UM ANABOLIZANTE ESTERÓIDE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MICHELOTO, Fábio Henrique Manso
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: PEREIRA, Oduvaldo Câmara Marques, GARCIA, Patricia Carvalho, PIFFER, Renata Carolina, AGATI, Leandro Barile
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7128
Resumo: Estudos visando o atleta do futuro apontam para a importância de níveis elevados de androgênios perinatal. Objetivou-se suplementar ratos neonatalmente com propionato de testosterona (PT) para avaliar aspectos tardios dos desenvolvimentos corporal e de órgãos da reprodução e a resposta ao Decanoato de Nandrolona (DN). Animais receberam 0,1mg de PT, sc, à 0 hora de vida pós-natal. Determinou-se a idade da instalação da puberdade (IP). Aos 75 dias de vida administrou-se DN 0,5 mg/kg, IM, 2x /semana/6 semanas. Ao final do tratamento os animais foram pesados e mortos por overdose de anestésico para determinação do peso (g) do testículo direito e do músculo elevador do ânus (MEA). Determinou-se também o volume (ml) do testículo direito(TD). Para comparação dos dados entre 2 grupos (médias + SEM) empregou-se o teste “t” de Student. Para comparação entre mais de 2 grupos realizou-se ANOVA. A suplementação com PT (supl) retardou significantemente a IP em relação ao grupo controle (contr) (contr 45,04 + 0,47 dias n= 23 e supl 46,79 + 0,24 dias n= 14), p < 0,01. Aos 75 dias o peso corporal (PC) diminuiu significativamente nos ratos suplementados com PT (contr 408,40 + 6,76 n= 5 e supl 369,23 + 11,38 n= 8), p < 0,05. Após as 6 semanas de tratamento, o PC dos ratos suplementados com PT que receberam DN continuou significante reduzido em relação aos controle/veículo (óleo de amendoim - OA) (contr/OA 531,40 + 13,90 n= 2, supl/OA 450,90 + 23,37 n= 4, contr/DN 493,70 + 15,19 n= 3 e supl/DN 428,81 + 9,48 n = 4), p < 0,05. O MEA de contr/DN, apresentou aumento significante em relação aos supl/OA, mas não em relação aos demais (contr/OA 0,342 + 0,012 n= 2, supl/OA 0,210 + 0,033 n= 4, contr/DN 0,460 + 0,064 n= 3 e supl/DN 0,352 + 0,050 n = 4), p < 0,05. O TD de supl/DN e contr/DN apresentou redução significante do peso úmido em relação aos demais (contr/OA 1,946 + 0,045 n= 2, supl/OA 1,847 + 0,026 n= 4, contr/DN 1,605 + 0,047 n= 3 e supl/DN 1,550 + 0,021 n = 4), p < 0,0001. Houve nos ratos supl/DN uma redução significante no volume em relação aos supl/OA e contr/OA (contr/OA 1,55 + 0,05 n= 2, supl/OA 1,425 + 0,11 n= 4, contr/DN 1,30 + 0,06 n= 3 e supl/DN 1,10 + 0,04 n = 4), p < 0,05. O PC mais baixo do grupo supl/DN sugere um maior anabolismo nestes animais. Somando-se ao fato que supl/DN apresentou peso e volume dos testículos significativamente menores, sugere-se uma maior sensibilidade ao anabolizante esteróide, a qual pode estar associada a uma maior expressão dos receptores para andrógeno no organismo destes animais. Os resultados preliminares sugerem que a suplementação androgênica neonatal possa interferir no desenvolvimento dos animais. Estudos complementares serão realizados para verificar se suplementação com testosterona, no período neonatal, pode modificar o comportamento dos animais bem como aspectos da musculatura esquelética.
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