CONTROLE NUTRICIONAL E PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO MARINGAENSE EM RELAÇÃO AOS PRIMATAS DO PARQUE DO INGÁ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Ana Maria Fagundes da
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: DELARIVA, Rosilene Luciana, CANTERI, Flavia Campos, KOSEKI, Aline Lie
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/6962
Resumo: Callithrix jacchus é uma espécie pertencente à família Callithrichidae e são conhecidos popularmente como sagüis-de-tufos-brancos ou sagüi-comum. Os diferentes comportamentos apresentados por sagüis dessa espécie possibilitam uma ampla variedade de adaptações a diferentes locais, tanto quanto a alimentação como pelo processo reprodutivo. Diante desse contexto, este trabalho teve por objetivo analisar o comportamento alimentar dos sagüis (Callithrix jacchus) introduzidos no Parque do Ingá e também a percepção da população visitante com relação a essa área de conservação e os sagüis. Para isto foram realizadas observações semanais com a ajuda de binóculos no local de alimentação e aplicado um questionário a 93 pessoas de diferentes níveis de instrução e profissão, onde pode ser explicitada a opinião dos entrevistados sobre os animais e o Parque. Como resultado observou-se que em relação a postura no momento da alimentação, os sagüis se alimentaram sempre com as patas anteriores, apoiado sobre as posteriores. Quando se aproximava um tratador do parque com as bananas picadas, todos ficavam ao redor do local formando um grande grupo. Cada grupo era liderado por um macho dominante, o qual pegava o alimento dos menores para comer. Esse grupo foi constituído de 7 a 15 indivíduos. Nas outras áreas de uso, outros sagüis compunham os grupos. Verificou-se diferenças em relação aos dias observados, sendo que nas quartas-feiras os sagüis se apresentaram na maioria dos dias agitados devido à presença de visitantes, enquanto nas segundas-feiras os dias agitados foram pela ausência de alimento. Alguns animais se mostraram acostumados com a presença e barulho dos visitantes. Os mais novos, geralmente, quando notavam a presença de visitantes saiam do local de alimentação, voltando apenas na ausência de pessoas. Já os sagüis mais velhos não se incomodavam com barulhos, continuavam alimentando-se normalmente. Quando não havia bananas no local de alimentação, os sagüis procuravam alimentos nos lixos, árvores, esgotos, etc. Com relação à percepção dos visitantes, a maioria considera o Parque como um local de turismo demonstrando que a população amostrada desconhece o papel principal das chamadas áreas de preservação maringaense. Dentro de uma visão antropocêntrica, fica bem evidente a idéia utilitarista da natureza. Para a maioria dos entrevistados o que pode-se perceber é que as pessoas vão ao Parque do Ingá para descansar, o que faria dele então um lugar para turismo e lazer. Não são espaços para reflexão sobre a natureza, nem para educação científica e, sobretudo, não são espaços, ainda, para a memória histórica das cidades e do País. São, infelizmente, vistas como apenas áreas de lazer, shopping-center da natureza.
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