DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7074 |
Resumo: | A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma forma de miopatia grave, salienta Fenichel (1995), hereditária e congênita recessiva; acomete somente o sexo masculino, sendo progressiva a degeneração muscular de forma irreversível e simétrica. Atualmente, comenta Levy (1989), a sua prevalência é em torno de 1 menino para cada 3.500, e no Brasil ocorrem por ano cerca de 700 novos casos. Segundo Marcondes (1994), esta pode resultar de novas mutações gênicas em 1/3 dos casos; os outros 2/3 são de casos em que a mãe portadora transmite o gene da distrofia para o filho. O diagnóstico é realizado inicialmente através dos sinais que o paciente começa a apresentar por volta de 3 a 5 anos, como quedas constantes, exames laboratoriais, como a biópsia muscular e a creatina-fosfoquinase (CK), (ROWLAND, 1999). Segundo Caromano (1998), quando a CK, aparece em níveis mais altos que os normais, denota a presença da distrofia muscular, mesmo antes do surgimento dos primeiros sintomas, bem como a carência da proteína distrofina na superfície da membrana da célula muscular. O lócus desta proteína é o Xp21, indicando que pertence ao cromossomo X, no braço curto (p) e na região 21, conseqüentemente é a mãe a transmissora da doença como comenta Victor e Ropper (1997). O comprometimento muscular inicia nos membros inferiores (MMII) e na cintura pélvica, evidencia Fenichel (1995), e com o tempo outros músculos vão sendo acometidos. O objetivo desta pesquisa é divulgar e instigar a comunidade científica a se interessar por esta patologia, para aumentar o número de pesquisadores sobre a doença para que seja, quem sabe, descoberta uma possível cura. Para isso, foi realizada pesquisa bibliográfica através de livros, artigos científicos e trabalhos relacionada à pesquisa. Através da análise da pesquisa bibliográfica podemos observar que o paciente começa a exibir fraqueza muscular entre os 3 e 5 anos com pseudo-hipertrofia de alguns músculos, devido à inserção de tecido adiposo e conjuntivo na célula muscular. A idade que há necessidade de cadeira de rodas é de 12 anos, e conseqüentemente aumentando o peso do paciente. Já aos 18, a insuficiência cardiorespiratória é mais notória, sendo uma das principais causas de morte. Enquanto o paciente ainda anda, por volta dos 6 anos, este começa a realizá-lo com a base mais alargada e hiperlordose lombar, sendo chamada marcha anserina. Para se levantar da posição de decúbito, o portador realiza um conjunto de movimentos utilizando os membros superiores para suprir a falta de atividade dos inferiores, escalando-se em si mesmo, chamado de sinal ou manobra de Gowers. As deformidades músculo-esqueléticas ocorrem mais quando o paciente vai para a cadeira de rodas, desenvolvendo também osteoporose, principalmente nos MMII, pelo desuso, e a morte do portador ocorre por volta dos 18 aos 21 anos. Conclui-se que a DMD apresenta sintomas visíveis, entretanto a maior parte da sociedade não conhece a patologia. Portanto, elucidar sobre a distrofia e divulgá-la no meio acadêmico pode talvez estimular pesquisadores a tentar buscar a cura para este distúrbio, que às vezes ainda não foi pesquisada pelas indústrias de medicamentos por não haver um número muito grande de portadores para consumir o medicamento posteriormente, não trazendo muito retorno financeiro. E com o conhecimento da doença muitas pessoas passam a olhar o portador de DMD com outros olhos devido ao conhecimento prévio da doença. |
id |
UNICESU-1_e53f00bcfcdc400886f22cdb11c2c698 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:rdu.unicesumar.edu.br:123456789/7074 |
network_acronym_str |
UNICESU-1 |
network_name_str |
Repositório Digital Unicesumar |
repository_id_str |
|
spelling |
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICAMiopatiaDegenerativaDistrofinaA distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma forma de miopatia grave, salienta Fenichel (1995), hereditária e congênita recessiva; acomete somente o sexo masculino, sendo progressiva a degeneração muscular de forma irreversível e simétrica. Atualmente, comenta Levy (1989), a sua prevalência é em torno de 1 menino para cada 3.500, e no Brasil ocorrem por ano cerca de 700 novos casos. Segundo Marcondes (1994), esta pode resultar de novas mutações gênicas em 1/3 dos casos; os outros 2/3 são de casos em que a mãe portadora transmite o gene da distrofia para o filho. O diagnóstico é realizado inicialmente através dos sinais que o paciente começa a apresentar por volta de 3 a 5 anos, como quedas constantes, exames laboratoriais, como a biópsia muscular e a creatina-fosfoquinase (CK), (ROWLAND, 1999). Segundo Caromano (1998), quando a CK, aparece em níveis mais altos que os normais, denota a presença da distrofia muscular, mesmo antes do surgimento dos primeiros sintomas, bem como a carência da proteína distrofina na superfície da membrana da célula muscular. O lócus desta proteína é o Xp21, indicando que pertence ao cromossomo X, no braço curto (p) e na região 21, conseqüentemente é a mãe a transmissora da doença como comenta Victor e Ropper (1997). O comprometimento muscular inicia nos membros inferiores (MMII) e na cintura pélvica, evidencia Fenichel (1995), e com o tempo outros músculos vão sendo acometidos. O objetivo desta pesquisa é divulgar e instigar a comunidade científica a se interessar por esta patologia, para aumentar o número de pesquisadores sobre a doença para que seja, quem sabe, descoberta uma possível cura. Para isso, foi realizada pesquisa bibliográfica através de livros, artigos científicos e trabalhos relacionada à pesquisa. Através da análise da pesquisa bibliográfica podemos observar que o paciente começa a exibir fraqueza muscular entre os 3 e 5 anos com pseudo-hipertrofia de alguns músculos, devido à inserção de tecido adiposo e conjuntivo na célula muscular. A idade que há necessidade de cadeira de rodas é de 12 anos, e conseqüentemente aumentando o peso do paciente. Já aos 18, a insuficiência cardiorespiratória é mais notória, sendo uma das principais causas de morte. Enquanto o paciente ainda anda, por volta dos 6 anos, este começa a realizá-lo com a base mais alargada e hiperlordose lombar, sendo chamada marcha anserina. Para se levantar da posição de decúbito, o portador realiza um conjunto de movimentos utilizando os membros superiores para suprir a falta de atividade dos inferiores, escalando-se em si mesmo, chamado de sinal ou manobra de Gowers. As deformidades músculo-esqueléticas ocorrem mais quando o paciente vai para a cadeira de rodas, desenvolvendo também osteoporose, principalmente nos MMII, pelo desuso, e a morte do portador ocorre por volta dos 18 aos 21 anos. Conclui-se que a DMD apresenta sintomas visíveis, entretanto a maior parte da sociedade não conhece a patologia. Portanto, elucidar sobre a distrofia e divulgá-la no meio acadêmico pode talvez estimular pesquisadores a tentar buscar a cura para este distúrbio, que às vezes ainda não foi pesquisada pelas indústrias de medicamentos por não haver um número muito grande de portadores para consumir o medicamento posteriormente, não trazendo muito retorno financeiro. E com o conhecimento da doença muitas pessoas passam a olhar o portador de DMD com outros olhos devido ao conhecimento prévio da doença.UNIVERSIDADE CESUMARBrasilUNICESUMAR2021-02-02T17:27:20Z2005-10-192021-02-02T17:27:20Z2005-10-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectapplication/pdfhttp://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7074porCALSAVARA, Eduardo Antonio da SilvaBILOTTI, Carolina CorreaSATO, Ana PaulaVAGNER, CarlenMORAES, Lilian Rosana Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital Unicesumarinstname:Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)instacron:UniCesumar2022-08-03T20:15:02Zoai:rdu.unicesumar.edu.br:123456789/7074Repositório InstitucionalPRIhttp://rdu.unicesumar.edu.br/oai/requestopendoar:2022-08-03T20:15:02Repositório Digital Unicesumar - Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA |
title |
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA |
spellingShingle |
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA CALSAVARA, Eduardo Antonio da Silva Miopatia Degenerativa Distrofina |
title_short |
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA |
title_full |
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA |
title_fullStr |
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA |
title_full_unstemmed |
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA |
title_sort |
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA |
author |
CALSAVARA, Eduardo Antonio da Silva |
author_facet |
CALSAVARA, Eduardo Antonio da Silva BILOTTI, Carolina Correa SATO, Ana Paula VAGNER, Carlen MORAES, Lilian Rosana Santos |
author_role |
author |
author2 |
BILOTTI, Carolina Correa SATO, Ana Paula VAGNER, Carlen MORAES, Lilian Rosana Santos |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
CALSAVARA, Eduardo Antonio da Silva BILOTTI, Carolina Correa SATO, Ana Paula VAGNER, Carlen MORAES, Lilian Rosana Santos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Miopatia Degenerativa Distrofina |
topic |
Miopatia Degenerativa Distrofina |
description |
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma forma de miopatia grave, salienta Fenichel (1995), hereditária e congênita recessiva; acomete somente o sexo masculino, sendo progressiva a degeneração muscular de forma irreversível e simétrica. Atualmente, comenta Levy (1989), a sua prevalência é em torno de 1 menino para cada 3.500, e no Brasil ocorrem por ano cerca de 700 novos casos. Segundo Marcondes (1994), esta pode resultar de novas mutações gênicas em 1/3 dos casos; os outros 2/3 são de casos em que a mãe portadora transmite o gene da distrofia para o filho. O diagnóstico é realizado inicialmente através dos sinais que o paciente começa a apresentar por volta de 3 a 5 anos, como quedas constantes, exames laboratoriais, como a biópsia muscular e a creatina-fosfoquinase (CK), (ROWLAND, 1999). Segundo Caromano (1998), quando a CK, aparece em níveis mais altos que os normais, denota a presença da distrofia muscular, mesmo antes do surgimento dos primeiros sintomas, bem como a carência da proteína distrofina na superfície da membrana da célula muscular. O lócus desta proteína é o Xp21, indicando que pertence ao cromossomo X, no braço curto (p) e na região 21, conseqüentemente é a mãe a transmissora da doença como comenta Victor e Ropper (1997). O comprometimento muscular inicia nos membros inferiores (MMII) e na cintura pélvica, evidencia Fenichel (1995), e com o tempo outros músculos vão sendo acometidos. O objetivo desta pesquisa é divulgar e instigar a comunidade científica a se interessar por esta patologia, para aumentar o número de pesquisadores sobre a doença para que seja, quem sabe, descoberta uma possível cura. Para isso, foi realizada pesquisa bibliográfica através de livros, artigos científicos e trabalhos relacionada à pesquisa. Através da análise da pesquisa bibliográfica podemos observar que o paciente começa a exibir fraqueza muscular entre os 3 e 5 anos com pseudo-hipertrofia de alguns músculos, devido à inserção de tecido adiposo e conjuntivo na célula muscular. A idade que há necessidade de cadeira de rodas é de 12 anos, e conseqüentemente aumentando o peso do paciente. Já aos 18, a insuficiência cardiorespiratória é mais notória, sendo uma das principais causas de morte. Enquanto o paciente ainda anda, por volta dos 6 anos, este começa a realizá-lo com a base mais alargada e hiperlordose lombar, sendo chamada marcha anserina. Para se levantar da posição de decúbito, o portador realiza um conjunto de movimentos utilizando os membros superiores para suprir a falta de atividade dos inferiores, escalando-se em si mesmo, chamado de sinal ou manobra de Gowers. As deformidades músculo-esqueléticas ocorrem mais quando o paciente vai para a cadeira de rodas, desenvolvendo também osteoporose, principalmente nos MMII, pelo desuso, e a morte do portador ocorre por volta dos 18 aos 21 anos. Conclui-se que a DMD apresenta sintomas visíveis, entretanto a maior parte da sociedade não conhece a patologia. Portanto, elucidar sobre a distrofia e divulgá-la no meio acadêmico pode talvez estimular pesquisadores a tentar buscar a cura para este distúrbio, que às vezes ainda não foi pesquisada pelas indústrias de medicamentos por não haver um número muito grande de portadores para consumir o medicamento posteriormente, não trazendo muito retorno financeiro. E com o conhecimento da doença muitas pessoas passam a olhar o portador de DMD com outros olhos devido ao conhecimento prévio da doença. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-10-19 2005-10-19 2021-02-02T17:27:20Z 2021-02-02T17:27:20Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7074 |
url |
http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7074 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE CESUMAR Brasil UNICESUMAR |
publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE CESUMAR Brasil UNICESUMAR |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Digital Unicesumar instname:Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR) instacron:UniCesumar |
instname_str |
Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR) |
instacron_str |
UniCesumar |
institution |
UniCesumar |
reponame_str |
Repositório Digital Unicesumar |
collection |
Repositório Digital Unicesumar |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Digital Unicesumar - Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1813098716871000064 |