Os papilomavírus humanos – HPV: carcinogênese e imunogênese - doi: 10.5102/ucs.v1i1.503
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Universitas. Ciências da saúde (Online) |
Texto Completo: | https://www.publicacoes.uniceub.br/cienciasaude/article/view/503 |
Resumo: | Há estimativas de que cerca de 20% dos casos de câncer em humanos estão associados com alguns grupos de vírus, entre eles o dos papilomavírus humanos. O carcinoma cervical é, provavelmente um dos melhores exemplos de como uma infecção viral pode levar ao câncer. Quando ocorre a integração do genoma do HPV no DNA da célula, há a ruptura do gene E2. Esse gene inibe a expressão dos genes E6 e E7. A proteína E6 atua degradando a proteína celular supressora de tumor, p53, já E7 se liga à proteína pRb (proteína de susceptibilidade ao retinoblastoma), que deixa de regular negativamente o ciclo celular de G1 para S. Além disso, outra proteína viral, a E5, parece atuar sinergeticamente com o fator de crescimento epidérmico. A proteína L1 HPV, quando expressa em diversos sistemas, é capaz de organizar-se em partículas icosaédricas, semelhantes ao capsídeo viral (VLPs), mas sem o DNA do vírus. Essa propriedade da L1 possibilitou o avanço do conhecimento da imunogênese na infecção por HPV e a perspectiva de desenvolver vacinas contra esse vírus. As VLPs são altamente imunogênicas e quando injetadas em coelhos induzem a produção de títulos elevados de anticorpos tipo-específicos. A escolha dos tipos de HPV que serão usados para a produção de VLPs depende, ainda, do conhecimento da prevalência dos diversos genotipos em diferentes populações sintomáticas e assintomáticas. Estudos sorológicos em mulheres infectadas com HPV-16, indicaram soropositividade para anticorpos contra as proteínas do capsídeo viral deste genoptipo em 50% a 60% das mulheres pesquisadas. |
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