Uso de tecnologias digitais para relacionamentos sexuais durante a pandemia por Covid19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caetano Freitas, Daniella
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Mascarenhas Oliveira, Ester
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Programa de Iniciação Científica - PIC/UniCEUB - Relatórios de Pesquisa
DOI: 10.5102/pic.n0.2020.8342
Texto Completo: https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/pic/article/view/8342
Resumo: Em dezembro de 2019 foi descoberto o novo coronavírus, denominado SARS – Cov – 2 pela Organização Mundial de Saúde. Mesmo diante de inúmeras incertezas, é consensual que sua transmissão se dá através do contato pessoa – pessoa, e, por isso, medidas de distanciamento social foram impostas em todo mundo com vista a reduzir a propagação da doença. Nesse sentido, boa parte dos aspectos da vida social foram redirecionados a plataformas digitais, incluindo os relacionamentos sexuais e afetivos. Diante desse contexto, este estudo procurou conhecer o comportamento sexual/afetivo de usuários de plataformas digitais para sexo, em tempos de coronavírus. Esta é uma pesquisa de natureza qualitativa, de caráter exploratório e descritivo que buscou investigar mulheres e homens usuários(os) de plataformas digitais para relacionamento afetivo/sexual, a partir da aplicação de um questionário semiestruturado através do Google Formulário®. Os dados foram processados mediante o software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ), o qual gerou a nuvem de palavras mediante , organizados e analisados a partir da proposta de Bardin. O grupo investigado foi composto por 75 participantes, homens e mulheres, a maioria solteira, heterossexual, com predomínio de pessoas entre 18 a 29 anos. A maior parte das(os) participantes afirmou ter ensino superior incompleto e renda salarial de 1 – 4 salários mínimos. Esse estudo evidenciou que o distanciamento social imposto pela pandemia prejudicou as relações sexuais e afetivas, por isso, as tecnologias digitais foram vistas como o principal meio para algum contato afetivo e sexual. Nesse sentido, as(os) participantes do estudo aumentaram a frequência e o tempo de uso de mídias digitais para sexo, principalmente através do envio de fotos nuas, sexo por videochamada, consumo de pornografia e masturbação mútua. Percebeu-se que as inovações advindas da tecnologia não supriram a necessidade do contato corpo – a – corpo, ressaltando a importância da conexão física entre as pessoas. Dentre as(os) participantes um subgrupo ponderou a possibilidade de romper com a quarentena para manter o sexo em seu cotidiano. Por conseguinte, evidenciou-se que a falta contato sexual pode ter causado sofrimento emocional e psicológico entre as(os) participantes. Sendo assim, a vivência da sexualidade, através dos meios digitais aponta para uma nova forma de abordar as relações sexuais, o que torna o redirecionamento das práticas profissionais e investimento no autocuidado imprescindíveis para o empoderamento e liberdade dos sujeitos. Nesse contexto, torna-se oportuno e necessário o olhar sensível daEstratégia de Saúde da Família, cujo trabalho permeia a educação em saúde, através de orientações quanto ao contato físico para vivência da sexualidade, tempo de uso das mídias, auto exposição e identificação de sinais e sintomas que dão pistas de sofrimento mental.
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