Psicoterapia e diálogo como processos subjetivos: um estudo qualitativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis Bernardo Cobucci, Bruno
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Deusdará Mori, Valéria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Programa de Iniciação Científica - PIC/UniCEUB - Relatórios de Pesquisa
Texto Completo: https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/pic/article/view/7512
Resumo: sta pesquisa teve como objetivo avançar na reflexão acerca do campo das psicoterapias pormeio do estudo de diferentes processos subjetivos que se configuram nessa prática, pensandoapor uma via dialógica que não se limita ao campo clínico tradicional e ao consultórioprivado. Para isso, fundamentou-se na teoria da subjetividade de González Rey, procurandopensar sobre como essa perspectiva teórica pode fazer contribuições para o campo, discutindoacerca da psicoterapia para além da sua dimensão técnica e prática, mas também analisandooutros processos de caráter subjetivo que vão se implicando nesse processo. O métodoutilizado na pesquisa foi o método construtivo-interpretativo, baseado na EpistemologiaQualitativa de González Rey, tendo-se realizado dois estudos de caso: um de uma psicólogapsicoterapeuta, e outro de uma mulher que teve recentemente experiências com psicoterapiaem sua vida. A partir dos casos, foi elaborar que, mais do que pensar o que o fazpsicoterapeuta, no sentido de quais as melhores abordagens e técnicas para cada problema, étambém importante pensar quem o psicoterapeuta é, e como ele configura subjetivamente suaprática. Pôde-se ver no caso Izabel sobre como ela configura subjetivamente o consultóriocomo um espaço social de viver, mais do que um espaço clínico, isso associado a umaadmirável criatividade para gerar recursos de carácter dialógico que sensivelmente mobilizamcada pessoa em sua singularidade própria. Esse caso também permitiu refletir sobre o modocomo a psicoterapia é subjetivada nos diferentes espaços da sociedade, pondo em questão querepresentação temos da psicoterapia e, portanto, o que esperamos e fazemos dela enquantoprofissionais. O caso de Julia, por sua vez, permitiu discutir acerca da importância do diálogocomo um recurso fundamental para mobilizar e implicar subjetivamente a pessoa empsicoterapia. Por fim, foi também possível argumentar sobre como a psicoterapia é umaprática que vai além do consultório, na medida que importa menos qual é o espaço físicoobjetivo, importando mais o modo como esse espaço toma forma na configuração subjetiva dapsicoterapia.
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