Hábitos sexuais e de anticoncepção em jovens de uma universidade do Distrito Federal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boulhosa Tavares, Isabela
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Ricardo Cardoso, Mateus, Teixeira de Campos, Luciana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Programa de Iniciação Científica - PIC/UniCEUB - Relatórios de Pesquisa
DOI: 10.5102/pic.n0.2020.8299
Texto Completo: https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/pic/article/view/8299
Resumo: Esta pesquisa objetivou conhecer a epidemiologia dos hábitos sexuais e deanticoncepção de jovens de uma universidade do Distrito Federal. Trata-se de um estudoepidemiológico de caráter descritivo, com abordagem quantitativa, sendo um levantamento,entre os anos de 2020 e 2021, com análise de questionários estruturados auto aplicáveissobre os efeitos do uso de métodos contraceptivos na sexualidade. As variáveis investigadasforam: idade, sexo, escolaridade, uso e conhecimento sobre os contraceptivos, hábitossexuais, opiniões sobre sexualidade. Os sujeitos da pesquisa foram 252 alunos do CentroUniversitário de Brasília (UniCEUB) que assinaram o termo de consentimento livre eesclarecido que já tiveram a sexarca. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética sob nº4.373.886. Em relação à primeira relação sexual, 56% dos entrevistados revelaram ter sidoapós os 18 anos e 20% não fez uso de métodos contraceptivos, já dos que tiveram a relaçãoantes dos 18 anos (44%), 28,5% não fizeram uso de tais métodos nesta relação. Dosentrevistados, 69% referiu usar sempre, 21,8% na maioria das vezes, 2% raramente e 7,2%não faz. Assim, 43,3% usam preservativos, 21,8% contraceptivos orais e 19% dupla proteção.Dos que usam preservativos de barreira, apenas 19% fazem uso durante toda a relaçãosexual. 49,2% dos estudantes acreditam que o uso de métodos de barreira atrapalha noprazer sexual e 26,6% referem que o uso destes prejudicam a naturalidade eespontaneidade do ato. Tratando-se de parceiros fixos, 58,3% não faz uso de métodos queprevinem Infecções Sexualmente Transmissíveis, desses, apenas 29,2% interrompem apósrealização de exames. A maior parte dos entrevistados (79,4%) recebeu orientações sobresaúde sexual e planejamento familiar, sendo que 6,7% obtiveram estas informações apenasapós a 1ª relação. Ademais, a maior parte obtiveram tais orientações pelas escolas (70,2%),52,9% dos pais e apenas 22,2% de serviços de saúde. A maior parte dos estudantes (96%)concorda que a responsabilidade pelo uso de contraceptivos deve ser das duas pessoas.Dentre os entrevistados, 76,2% tem um plano de vida, desses 2% não fez uso decontraceptivos na primeira relação e, dos que não tem tal plano, 11% não fizeram uso deanticoncepção. Os resultados demonstram que uma proporção alta dos estudantes teve aprimeira relação sexual com menos de 18 anos, além da baixa prevalência do uso correto demétodos anticoncepcionais e proteção contra ISTs. Assim, os achados enfatizam anecessidade da orientação sobre saúde sexual e planejamento familiar com objetivoprimário prevenir a gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis. Deve-seincentivar essa abordagem em instituições de ensino e serviços de saúde, de forma aproteger a saúde e incentivar o planejamento de vida dos estudantes.
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