A organização do trabalho artesanal e a questão do não-crescimento
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
Texto Completo: | https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2815 |
Resumo: | teve por objetivo a criação de uma teoria substantiva que explicasse a relação entre o crescimento organizacional e o trabalho artesanal no contexto de uma pequena organização. A construção do problema de pesquisa e definição da área substantiva de investigação contemplou a visitação das referências teóricas sobre crescimento organizacional e trabalho artesanal. O crescimento organizacional foi inicialmente relacionado ao incremento da produção, de insumos, de estrutura e de pessoas na organização. Trabalho artesanal foi entendido inicialmente como aquele realizado manualmente pelo artesão, mesclando habilidade técnica de produção e arte na criação e produção de objetos funcionais. A área substantiva de investigação definida compreende pequenas organizações cuja essência do trabalho é artesanal e fazem a opção pelo não crescimento. Para a geração de incidentes e amostras teóricas contouse com uma tradicional cutelaria artesanal localizada em Curitiba. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, observação, observação participante, participação observante. Registros de notas de campo, de áudio e vídeo foram usados como auxiliares na coleta e análise dos dados. Os dados foram analisados seguindo os pressupostos da Grounded Theory por meio da codificação aberta, axial e seletiva. Das análises emergiram as categorias (i) centralidade no artesão, (ii) corporeidade, (iii) relação entre pensar e fazer, (iv) valores substantivos e (v) limites. A categoria limites foi identificado como categoria central, uma vez que se relaciona com todas as outras categorias potencializando o poder explicativo de cada uma delas. Das relações entre as categorias e delas com a categoria central foram edificadas as primeiras proposições que culminaram na Teoria do Limite Artesanal. De acordo com essa teoria, o artesão ocupa posição central no processo do trabalho artesanal. Quanto maior sua autoridade, conhecimento, respeito, experiência e capacidade de executar peças que se aproximem ao estado da arte do trabalho artesanal, maior será seu reconhecimento. O reconhecimento do artesão se dá em relação aqueles que compartilham o interesse pelo seu produto. Esse reconhecimento agrega valor ao produto artesanal que leva sua assinatura. Quanto maior o conhecimento, experiência e capacidade de realização do artesão, maior o reconhecimento do artesão, maior o potencial de agregação de valor ao produto. A agregação de valor ao produto artesanal permite que a organização artesanal tenha uma produção em menor escala. O trabalho artesanal se dá por intermédio das mãos, e a habilidade manual contribui para a qualidade do fazer artesanal. Quanto maior o desenvolvimento das habilidades do corpo maior a possiblidade de produção artesanal de qualidade superior. A vitalidade do corpo habilita ao mesmo tempo em que limita o fazer artesanal. O aumento do condicionamento físico contribui até um determinado limite a produção artesanal, mas a não vitalidade, ou doença, influencia limitando ou impossibilitando essa produção. O fazer artesanal é uma ação reflexiva por meio da qual o artesão materializa objetos pensados. O ato de criação artesanal aproxima o artesão da práxis e o distancia do trabalho alienado. Desta forma, o trabalho artesanal possui sentido para o artesão. A produção artesanal é permeada por valores substantivos que influenciam na produção e na relação entre a organização artesanal e o mercado. A qualidade, a tradição e o ensino da cutelaria artesanal estabelece a relação metre-aprendiz que potencializa a difusão da tradição da cutelaria artesanal. A liberdade do fazer artesanal permite que o artesão desenvolva trabalhos que lhe façam sentido. A manutenção da liberdade do fazer artesanal implica em um desacoplamento total ou parcial do mercado. A produção artesanal é limitada por fatores ligados à centralidade do cuteleiro no processo de criação e do fazer artesanal, a aspectos fisiológicos relacionados à corporeidade e a valores substantivos que permeiam o trabalho artesanal tradicional. Respeitar limites implica em limitar a produção artesanal. |
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Para a geração de incidentes e amostras teóricas contouse com uma tradicional cutelaria artesanal localizada em Curitiba. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, observação, observação participante, participação observante. Registros de notas de campo, de áudio e vídeo foram usados como auxiliares na coleta e análise dos dados. Os dados foram analisados seguindo os pressupostos da Grounded Theory por meio da codificação aberta, axial e seletiva. Das análises emergiram as categorias (i) centralidade no artesão, (ii) corporeidade, (iii) relação entre pensar e fazer, (iv) valores substantivos e (v) limites. A categoria limites foi identificado como categoria central, uma vez que se relaciona com todas as outras categorias potencializando o poder explicativo de cada uma delas. Das relações entre as categorias e delas com a categoria central foram edificadas as primeiras proposições que culminaram na Teoria do Limite Artesanal. 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A vitalidade do corpo habilita ao mesmo tempo em que limita o fazer artesanal. O aumento do condicionamento físico contribui até um determinado limite a produção artesanal, mas a não vitalidade, ou doença, influencia limitando ou impossibilitando essa produção. O fazer artesanal é uma ação reflexiva por meio da qual o artesão materializa objetos pensados. O ato de criação artesanal aproxima o artesão da práxis e o distancia do trabalho alienado. Desta forma, o trabalho artesanal possui sentido para o artesão. A produção artesanal é permeada por valores substantivos que influenciam na produção e na relação entre a organização artesanal e o mercado. A qualidade, a tradição e o ensino da cutelaria artesanal estabelece a relação metre-aprendiz que potencializa a difusão da tradição da cutelaria artesanal. A liberdade do fazer artesanal permite que o artesão desenvolva trabalhos que lhe façam sentido. A manutenção da liberdade do fazer artesanal implica em um desacoplamento total ou parcial do mercado. A produção artesanal é limitada por fatores ligados à centralidade do cuteleiro no processo de criação e do fazer artesanal, a aspectos fisiológicos relacionados à corporeidade e a valores substantivos que permeiam o trabalho artesanal tradicional. Respeitar limites implica em limitar a produção artesanal.This paper aimed at the creation of a substantive theory that explains the relationship between organizational growth and craft work in the context of a small organization. The construction of the research problem and definition of the substantive area of research contemplated the visitation of theoretical references on organizational growth and craft work. Organizational growth was initially related to the increase in production, inputs, structure and people in the organization. Artisan work was initially understood as one done manually by the craftsman, mixing technical skill of production and art in the creation and production of functional objects. The substantive area of defined research comprises small organizations whose essence of work is artisanal and make the choice for non-growth. For the generation of incidents and theoretical samples there was a traditional handcrafted cutlery located in Curitiba. Data were collected through interviews, observation, participant observation, observant participation. Records of field, audio and video notes were used as ancillaries in data collection and analysis. The data were analyzed following Grounded Theory assumptions through open, axial and selective coding. From the analyzes emerged the categories (i) centrality in the artisan, (ii) corporeity, (iii) the relation between thinking and doing, (iv) substantive values and (v) limits. The boundaries category has been identified as a central category, since it relates to all other categories, enhancing the explanatory power of each category. From the relations between the categories and from them to the central category were built the first propositions that culminated in the Artistic Limit Theory. According to this theory, the artisan occupies a central position in the process of craft work. The greater his authority, knowledge, respect, experience and ability to perform pieces that approach the state of art of artisan work, the greater his recognition. The recognition of the artisan is given in relation to those who share the interest for his product. This recognition adds value to the artisanal product that carries its signature. The greater the craftsman's knowledge, experience and ability to perform, the greater the artisan's recognition, the greater the potential for adding value to the product. The value added to the artisanal product allows the craft organization to have a smaller scale production. Artisan work is done through the hands, and manual craftsmanship contributes to the quality of craftsmanship. The greater the development of the body's abilities, the greater the possibility of superior quality craftsmanship. The vitality of the body enables at the same time that it limits the making of the craft. The increase of the physical conditioning contributes to a certain limit to the artisanal production, but the non-vitality, or disease, influences limiting or preventing this production. Making craftsmanship is a reflexive action through which the craftsman materializes thought objects. The act of artisanal creation brings the craftsman closer to praxis and distances from alienated labor. In this way, craft work makes sense for the artisan. Artisanal production is permeated by substantive values that influence the production and the relationship between the craft organization and the market. The quality, tradition and teaching of handcrafted cutlery establishes the relation between meter and apprentice that enhances the diffusion of the artisanal cutlery tradition. The freedom of craftsmanship allows the craftsman to develop works that make sense to him. Maintaining the freedom of artisanal production implies a total or partial decoupling of the market. Artisanal production is limited by factors linked to the centrality of the cutlery in the process of creation and artisan making, to physiological aspects related to corporeity and to substantive values that permeate traditional craftsmanship. Respecting limits implies limiting artisanal production.porUniversidade PositivoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoUPBrasilPós-GraduaçãoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAOCrescimento organizacionalTrabalho artesanalCutelariaA organização do trabalho artesanal e a questão do não-crescimentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisSeifert Junior, Rene Eugeniohttp://lattes.cnpq.br/6230394706150406http://lattes.cnpq.br/0778792941734932Hernandes, Cláudio Aurélioinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALCLAUDIO AURELIO HERNANDES.pdfCLAUDIO AURELIO HERNANDES.pdfTeseapplication/pdf1769157http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/2815/1/CLAUDIO%20AURELIO%20HERNANDES.pdfca8b07604607b1ec8ee04c74946ecdceMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/2815/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/28152021-10-14 12:21:16.672oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/2815Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2021-10-14T15:21:16Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false |
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