MARIE CLAIRE e SOU MAIS EU: figurativizações do belo feminino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raiz, Amanda Cristina Martins
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/667
Resumo: Em busca de sentido para a vida, o ser humano percebe a necessidade de interagir com outros seres. A partir dessa interação, ele tende a reconhecer não só comportamentos, hábitos e gostos de outros seres que são semelhantes aos seus, como também aqueles que são diferentes. Por isso, a interação social acontece com base nas identidades e alteridades dos seres. Landowski (2002), em Presenças do outro, apresenta a semiotização do comportamento social. A sociedade é constituída por diversos grupos, cujos membros que fazem parte de tais grupos ali permanecem por questões de afinidade. É nesse momento também que são reconhecidas as diferenças e, somente assim, o sentido acontece. A Semiótica greimasiana, cuja metodologia teórica foi desenvolvida para refletir acerca da estruturação e organização textual, preocupa-se com questões em torno das articulações do sentido, ou seja, do entendimento das condições de produção e de apreensão do sentido de um texto. A Semiótica, então, procura dizer como um texto faz para dizer o que diz. Na tentativa de entender o significado do termo “mulher moderna/contemporânea”, o propósito principal de nosso trabalho foi verificar como dois periódicos direcionados ao público feminino em nossa atualidade – Marie Claire e Sou mais eu - figurativizam tal termo, para entender o conceito do termo qualificativo “moderna” e a possibilidade de ser compreendido como sinônimo de contemporaneidade. Dado que os periódicos objetos de nossa análise são direcionados a públicos de classes sociais diferentes, verificamos que há concepções diferentes para o termo belo, pois vemos o uso recorrente de imagens de grandes ícones femininos considerados belos na construção desses textos. Nossa pesquisa foi desenvolvida com base na Semiótica greimasiana, com ênfase nos estudos da Sociossemiótica, principalmente o que diz respeito às concepções de Eric Landowski. Motivados pelo pensamento de Landowski (2002), que em seus estudos de semiotização do comportamento social expõe o fato de a sociedade excluir aqueles que não são semelhantes aos que pertencem aos grupos considerados referenciais, conseguimos demonstrar as necessidades de adequação comportamental para que um ser possa fazer parte de grupos considerados os de referência. O estudo do belo contemporâneo, portanto, mostra-se pertinente no sentido de apontar as estéticas fisionômicas e anatômicas, pois é um registro para a posteridade.
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spelling 2020-05-15T17:55:05Z2020-05-15T17:55:05Z2010-02-20RAIZ, Amanda Cristina Martins. Marie Claire e Sou Mais Eu: figurativizações do belo feminino. Franca, 2010. 194 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) - Universidade de Franca. 2010.https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/667Em busca de sentido para a vida, o ser humano percebe a necessidade de interagir com outros seres. A partir dessa interação, ele tende a reconhecer não só comportamentos, hábitos e gostos de outros seres que são semelhantes aos seus, como também aqueles que são diferentes. Por isso, a interação social acontece com base nas identidades e alteridades dos seres. Landowski (2002), em Presenças do outro, apresenta a semiotização do comportamento social. A sociedade é constituída por diversos grupos, cujos membros que fazem parte de tais grupos ali permanecem por questões de afinidade. É nesse momento também que são reconhecidas as diferenças e, somente assim, o sentido acontece. A Semiótica greimasiana, cuja metodologia teórica foi desenvolvida para refletir acerca da estruturação e organização textual, preocupa-se com questões em torno das articulações do sentido, ou seja, do entendimento das condições de produção e de apreensão do sentido de um texto. A Semiótica, então, procura dizer como um texto faz para dizer o que diz. Na tentativa de entender o significado do termo “mulher moderna/contemporânea”, o propósito principal de nosso trabalho foi verificar como dois periódicos direcionados ao público feminino em nossa atualidade – Marie Claire e Sou mais eu - figurativizam tal termo, para entender o conceito do termo qualificativo “moderna” e a possibilidade de ser compreendido como sinônimo de contemporaneidade. Dado que os periódicos objetos de nossa análise são direcionados a públicos de classes sociais diferentes, verificamos que há concepções diferentes para o termo belo, pois vemos o uso recorrente de imagens de grandes ícones femininos considerados belos na construção desses textos. Nossa pesquisa foi desenvolvida com base na Semiótica greimasiana, com ênfase nos estudos da Sociossemiótica, principalmente o que diz respeito às concepções de Eric Landowski. Motivados pelo pensamento de Landowski (2002), que em seus estudos de semiotização do comportamento social expõe o fato de a sociedade excluir aqueles que não são semelhantes aos que pertencem aos grupos considerados referenciais, conseguimos demonstrar as necessidades de adequação comportamental para que um ser possa fazer parte de grupos considerados os de referência. O estudo do belo contemporâneo, portanto, mostra-se pertinente no sentido de apontar as estéticas fisionômicas e anatômicas, pois é um registro para a posteridade.Attempting to find a meaning to his life, the human being notices is necessary to interact to other people. Thus, he tends to recognize not only the other’s behavior, habits and tastes which are similar to his but also those which are different. Therefore, the social interaction is based on identities and alterities. In Presenças do outro, Landowski (2001) presents the semiotization of the social behavior. There are several groups in the society, which members remain there considering their affinities. In this moment the differences are also recognized and the meaning comes about. The theoretical methodology of French Semiotics was developed to think about the structuration and organization of the texts. Consequently, it is possible to say the French Semiotics studies questions which are concerned to the way of texts are articulated. In other words, the French Semiotics tries to say how a text makes to say what it says. Trying to understand the meaning of the term “modern/contemporary woman”, our major purpose was to verify how that term is figurativized in two female magazines – Marie Claire and Sou mais eu –, in order to comprehend the notion of the qualificative term “modern” and the possibility of its comprehension as a synonym of contemporary. In view of the fact the periodics we analised are toward to people whose social position are different, we verified there are also different conceptions to the term “beautiful” because we can see pictures of great beautiful female icons see in the texts of both magazines. Our research was based on the French Semiotics but we enfasize the studies of Sociossemiotics, mainly the studies developed by Eric Landowski. Motivated by the thought of Landowski (2001), whose studies of semiotization of the social exclusion behavior of members who are not similar to those who belong to the referential groups, we can prove the necessity of someone conform his behavior in order to belong to referential groups. Therefore, the study of the contemporary beauty is relevant to demonstrate how the anatomic and fisionomic aesthetics of our time are because it is a historical registration to the future generations.porUniversidade de FrancaPrograma de Mestrado em LinguísticaUNIFRANBrasilPós-GraduaçãoCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICAFigurativizaçõesBelo femininoMarie ClaireSou mais euSociossemióticaMARIE CLAIRE e SOU MAIS EU: figurativizações do belo femininoMARIE CLAIRE and I AM MORE ME: figurativizations of the beautiful feminineinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisNascimento, Edna Maria Fernandes dos Santos261535326153004http://lattes.cnpq.br/261535326153004Schwartzmann, Matheus Nogueira6915498874486160http://lattes.cnpq.br/6915498874486160Abriata, Vera Lúcia Rodella0008939878371016http://lattes.cnpq.br/00089398783710162987496985306079http://lattes.cnpq.br/2987496985306079Raiz, Amanda Cristina Martinsinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALAmanda Cristina Martins Raiz.pdfAmanda Cristina Martins Raiz.pdfapplication/pdf4599835http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/667/1/Amanda%20Cristina%20Martins%20Raiz.pdf1e7d3e340d8f8c542c396976862d0e82MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/667/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/6672020-05-15 14:56:31.683oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/667Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2020-05-15T17:56:31Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false
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